Paralelo 29

Santo Ângelo, nas Missões, está em rota do tráfico internacional de drogas e armas

Foto: Divulgação, PF

Operação Pó de Ferro, deflagrada pela Polícia Federal, cumpriu mandados no município gaúcho

O município de Santo Ângelo, na Região das Missões, localizado a 217 km de Santa Maria, está na rota de um esquema criminoso de tráfico internacional de drogas e de armas investigado pela Polícia Federal.

Na última quinta-feira (7), a Polícia Federal deflagrou a Operação Pó de Ferro, com o objetivo de desarticular dois grupos criminosos especializados em tráfico internacional de drogas e de armas.

As suspeitas contra os grupos tiveram início após prisões e apreensões de drogas que entraram no país a partir do Paraguai. Nessas ações, policiais apreenderam 20 toneladas de maconha e 200 quilos de crack.

De acordo com a Polícia Federal, cerca de 100 policiais federais cumpriram 35 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de prisão preventiva nas cidades gaúchas de Vitória das Missões e na cidade vizinha de Vitória das Missões.

Houve também ações nos estados do Paraná (Foz do Iguaçu e Casvavel), São Paulo (Descalvado e Porto Ferreira) e Minas Gerais (Alfenas).

“Um dos grupos investigados, estabelecido em Foz do Iguaçu, destinava a maior parte das drogas aos estados de São Paulo e Minas Gerais, além de unidades da federação da Região Nordeste. O outro grupo foco das investigações, sediado em Foz do Iguaçu, Cascavel e Santo Ângelo, destinava as drogas ao estado do Rio Grande do Sul, notadamente para a região metropolitana de Porto Alegre”, informou a Polícia Federal, por meio de nota divulgada na data da operação.

Ao menos 17 ocorrências de tráfico internacional

Os investigadores associam o grupo a pelo menos 17 ocorrências de tráfico internacional de drogas vindas do Paraguai.

Em algumas das ocorrências, 15 pessoas foram presas em flagrante e apreendidas cerca de 20 toneladas de maconha além de 200 kg de crack, seis veículos de passeio e dez caminhões utilizados para transporte dos entorpecentes. A maior parte deles, produto de crimes de furto ou roubo e com adulterações de chassis e de placas.

“Um dos grupos controlava quatro empresas com notável atuação comercial e industrial em Foz do Iguaçu, havendo indícios de que eram utilizadas para a prática de lavagem de dinheiro, bem como para a movimentação de valores recebidos pelas drogas traficadas”, acrescentou a PF ao informar ter sequestrado dinheiro, veículos e imóveis de investigados e de empresas em nome deles, bens esses supostamente obtidos em razão das práticas criminosas ou mesmo utilizados para tráfico de drogas.

Ainda conforme as investigações, um dos grupos, estabelecido em Foz do Iguaçu, destinava a maior parte das drogas aos estados de São Paulo de Minas Gerais, além de estados do Nordeste.

Parte do dinheiro e drogas apreendidos com criminosos/Foto: Divulgação, PF

Drogas distribuídas a cidades gaúchas

Já a outra organização criminosa tinha sede em Foz do Iguaçu, em Cascavel e em Santo Ângelo e destinava as drogas a cidades do Rio Grande do Sul, principalmente para a Região Metropolitana.

Durante as investigações, a PF apurou que os grupos criminosos estariam relacionados com, ao menos, 17 ocorrências de tráfico internacional de drogas internalizadas clandestinamente a partir do Paraguai.

Maconha, crack e caminhões apreendidos

Em parte dessas ocorrências, 15 criminosos foram presos em flagrante com 20 toneladas de maconha e 200 de crack, seis veículos de passeio e dez caminhões utilizados para o tráfico de drogas.

A maioria dos veículos da frota apreendida era parte de crimes de furto e roubo (assalto), com adulterações de chassis e de placas (veículos clonados).

Empresas legais para lavar dinheiro

“Um dos grupos controlava quatro empresas com notável atuação comercial e industrial em Foz do Iguaçu/PR, havendo indícios de que eram utilizadas para a prática de lavagem de dinheiro, bem como para a movimentação de valores recebidos pelas drogas traficadas”, diz a PF.

O nome da operação – Pó de Ferro – é uma referência ao tráfico de cocaína e ao ramo de atuação das empresas dos investigados.

(Com informações de Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil/Brasília e da PF)

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