FABIO S. VASCONCELOS – PSICANALISTA CLÍNICO E INSTRUTOR CORPORATIVO DE SOFT SKILLS
Há mais de um século, as neuroses, histerias e fobias ocupavam o centro do palco da PSICANÁLISE, refletindo as complexidades de uma sociedade mergulhada em valores e normas distintas.
A era vitoriana, permeada por repressões e tabus, moldou as expressões psíquicas da época por determinar valores bem definidos.
Entretanto, atravessando o túnel do tempo, emergimos em uma era contemporânea onde a cultura se transforma em uma sociedade ‘LÍQUIDA’ com uma velocidade de mudanças desconcertante.
A globalização, a revolução tecnológica e a redefinição de valores sociais moldam uma psique emoldurada pela instantaneidade da informação e pela interconexão digital.
Nesse cenário, ansiedade, depressão e apatia tornam-se as protagonistas, como sintomas que ecoam as pressões e demandas ‘desbussoladas’ do mundo moderno.
As terapias psicanalíticas, antes centradas em explorar as intrincadas camadas da neurose e da histeria, agora enfrentam o desafio de decifrar as complexidades da ansiedade, DEPRESSÃO e apatia…
A urgência e a constante exposição a estímulos demandam uma reconfiguração na abordagem terapêutica, adaptando-se à contemporaneidade.
Ao compreender essa falta de ‘NORTE’ da nova era cultural, podemos vislumbrar não apenas os desafios, mas também as oportunidades para promover uma saúde mental robusta.
A psicanálise, sendo uma ferramenta de introspecção e entendimento, continua a desempenhar um papel crucial, agora, mais do que nunca, na busca pela compreensão das nuances da mente em constante produção de ANGÚSTIAS.
Portanto, devemos entender melhor as estruturas psíquicas ao longo do tempo, destacando a relevância contínua da compreensão da complexidade da MENTE HUMANA.
Essas estruturas psíquicas contemporâneas muitas vezes desafiam os métodos tradicionais, exigindo uma abordagem flexível, norteadora e adaptativa por parte dos terapeutas.
Em um mundo sem sentido, o reencontro com o sentido existencial é essencial para o bem-estar mental em meio às complexidades da pós-modernidade. A sua BÚSSOLA aponta para algum lugar?