Paralelo 29

Ritual de “cura” que acabou em morte em cemitério de Formigueiro intriga a Polícia

Foto: Divulgação, BM

Quatro pessoas foram presas para investigação; Polícia fala em assassinato

O suposto ritual “de cura” que resultou na morte de Zilda Correa Bitencourt, de 57 anos, no cemitério da colônia Antão Faria, no interior de Formigueiro, na região de Santa Maria, ainda intriga a Polícia Civil. Desde a madrugada de sábado, um casal e mais duas pessoas foram presas.

Seria um ritual satânico? O que teria ocorrido no interior do cemitério? Essas são algumas perguntas para as quais investigadores ainda buscam resposta. Zilda teria sido torturada no interior do cemitério no suposto trabalho para expulsar espíritos obsessores, que segundo familiares, atormentavam a idosa.

No domingo (11), mais duas pessoas foram presas por suposta participação na morte de Zilda. Os nomes dos investigados são mantidos em sigilo pela Polícia Civil.

A principal linha investigatória é a de que Zilda foi submetida a um ritual religioso. Dois homens presos seriam líderes religiosos que teriam participado do início do suposto ritual.

A morte de Zilda ocorreu na sexta-feira (9). Em princípio, a autoridade policial pretende indiciar o casal que teria realizado o ritual por homicídio qualificado com tortura.

As investigações aponta que o marido e o filho da vítima estavam no cemitério no momento em que a mulher morreu. No entanto, eles estavam do lado de fora. Marido e filho foram ouvidos em liberados.

De acordo com as investigações, a mulher teria sido amarrada em uma cruz e espancada no interior do cemitério. Contudo, a polícia quer saber mais sobre o suposto ritual, inclusive se mais pessoas participaram.

Tudo teria começado em uma casa que servia para a prática desse tipo de ritual. Os espancamentos teriam começado nessa residência. Depois, Zilda foi levada até o cemitério, retornando para casa. Mais tarde, ela teria sido levada novamente ao cemitério.

Nessa segunda ida ao cemitério, ela morreu. O marido e o filho teriam ficado do lado de fora por orientação dos supostos líderes religiosos. Como houve demora, eles entraram no cemitério e encontraram Zilda morta, amarrada na cruz.

No registro feito pela Brigada Militar, consta que o marido e uma filha da vítima foram encontrados pela guarnição em uma caminhonete, transportando o corpo de Zilda, que já estava morta.

No hospital da cidade, para onde Zilda foi conduzida, os médicos atestaram a morte da mulher. Ainda no hospital, os familiares de Zilda teriam confirmado o “trabalho para desincorporação”. Segundo esses familiares, a mulher sofria há mais de 20 anos devido à presença de “entidades” e seu corpo.

(Com informações do G1RS e da Brigada Militar)

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