ABDON BARRETTO FILHO – ECONOMISTA E MESTRE EM COMUNICAÇÃO
Atualmente, uma das maiores dificuldades na Comunicação é chamar atenção para as mensagens produzidas. São inúmeras opções disponibilizadas nos mais diversos meios que invadem nossas vidas, passando pelos veículos tradicionais e assustando com as possibilidades da Inteligência Artificial.
Para os produtores de conteúdos está cada vez mais desafiador prender segundos da atenção do receptor. Para anunciantes, as opções são infinitas e com riscos altos nos investimentos e resultados.
Os avanços tecnológicos estão destruindo os modelos tradicionais. da propaganda, publicidade, relações públicas, jornalismo, entre outras ações no mercado.
Atualmente, com as desregulamentações de profissões e os telefones móveis, qualquer um pode ser repórter, apresentador, comentarista, influenciador com milhões de ouvintes, espectadores e seguidores.
Às vezes, produzindo sem responsabilidades e sem compromissos com a verdade e a ética. Ainda bem que o mundo está analisando os limites de cada um para diminuir as imbecilidades e as agressões passíveis de punições.
Sempre é bom lembrar que a civilização exige que cada ser humano deve respeitar o próximo para ser respeitado. Lembrei dos meus estudos de Comunicação Social quando tive acesso ao método A.I.D.A. formado pelas letras iniciais das palavras “ Atenção, Interesse, Desejo, Ação” que foi apresentado em 1898, pelo Elmo Lewis, pioneiro da publicidade dos Estados Unidos.
Em inglês, é o BANT tradução livre para Budget, Authority, Needs e Timeframe (Orçamento, Autoridade, Necessidade e Prazo).
O autor acreditava que as mensagens aplicadas às vendas seriam bem sucedidas se os vendedores conseguissem chamar atenção de potenciais clientes, despertar o interesse deles nas soluções oferecidas e criando o desejo de adquiri-las.
Na realidade, salvo melhor juízo, o método AIDA pode ser aplicado em todas relações comunicacionais entre as pessoas. Será? Chamar atenção é o grande desafio com infinitas possibilidades disponíveis, inclusive nas relações humanas para olhar, ouvir, ler, conversar, buscar entendimento.
A base está no conteúdo e na relevância da mensagem. Se houver condições de atender necessidades, pode avançar. Caso contrário, são ignoradas, mesmo com os gritos e a avalanches de apelos, às vezes, indesejáveis de mensagens publicitárias e comunicações tendenciosas, sem conteúdos e relevâncias.
O mundo mudou. O mercado mudou. O cliente mudou e pode demitir todas da empresa ou da entidade. Os jornalistas, radialistas, publicitários, entre outros profissionais, já estão sofrendo os impactos das mensagens que circulam na rede mundial dos computadores.
A opinião pública pode influenciar e ser influenciada. Cada fato e suas versões são testados durante determinado período que o tempo vai dizer quem tem razão.
O AIDA pode contribuir nas estratégias comunicacionais e mercadológicas. O AIDA deve ser utilizado nas campanhas políticas eliminando os enganadores, aproveitadores, extremistas, que não possuem conteúdos adequados a uma sociedade mais justa, com maiores oportunidades para todos, evitando-se as propostas que prejudicam o desenvolvimento econômico, social e cultural, incluindo o turismo e a hospitalidade.
Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São Reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.