Em assembleia geral, docentes da Universidade Federal aprovaram indicativo de greve para a segunda quinzena de abril
Em assembleia ocorrida na noite dessa quarta-feira (20), no Complexo Didático e Artístico (CDA), anexo ao prédio do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD), os professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovaram indicativo de greve para a segunda quinzena de abril.
A proposta da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) será levada à reunião do Setor das Federais do ANDES-SN, que ocorrerá nesta sexta-feira (22), em Brasília. É possível que, em nível nacional, seja firmada posição favorável à greve nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
A decisão dos professores da UFSM foi tomada após duas horas de discussões e votações. O presidente da Sedufsm, Ascísio Pereira, destaca que a assembleia tirou posições importantes.
“A mais importante delas, sem dúvida nenhuma, foi o fato de que a gente aprovou indicativo de greve por maioria absoluta, 36 votos contra 2 contrários e 3 abstenções”, destaca Ascísio.
A categoria também aprovou a participação na Paralisação Nacional dos(as) Servidores(as), que ocorre no dia 3 de abril. Esta paralisação terá a adesão de outros setores do funcionalismo público.
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Por que a greve?
O 42º Congresso do ANDES-SN decidiu discutir a possibilidade de greve pelo fato de o governo federal não responder à contraproposta da bancada sindical, apresentada em 31 de janeiro, para a reposição das perdas salariais da categoria.
Segundo a Sedufsm, enquanto os professores amargam arrocho de 22,71%, considerando apenas a inflação do governo Temer até o final do governo Lula, o atual governo manteve a proposta de reajuste de 0% em 2024, e apenas 9% parcelados em 2025 (4,5%) e 2026 (4,5%).
Além disso, o governo federal não acatou a reivindicação de equiparação de benefícios entre servidores e servidoras dos Três Poderes, para ativos e aposentados.
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Construção e mobilização da greve
A plenária aprovou uma comissão de mobilização para organização da greve, com a participação de membros da diretoria, colegas de base e do conselho de representantes.
Também discutiu a proposta de minuta que altera os grupos de pesquisa na UFSM, e que está em consulta online.
Ascísio informa que primeiro passo “será pedir uma reunião com a Reitoria, em seguida nos mobilizarmos para fazer uma discussão e não indicação via é internet, coordenação de curso ou chefia de departamento, nós queremos fazer os debates que a gente tem feito em relação às minutas que a Reitoria tem proposto, como por exemplo os desencargos docentes e o PGD”.
(Com informações de Karoline Rosa – Assessoria de Imprensa da Sedufsm)