“Nada vai trazer meu pai de volta”, diz filha da vítima
A Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Santa Maria já identificou o autor do assassinato de José Carlos Lopes de Andrade, o Zezinho, de 71 anos, que completa um mês nesta sexta-feira (22). No entanto, o assassino está foragido.
Zezinho foi assassinado com cerca de 20 facadas na tarde de 22 de fevereiro, uma quinta-feira, na entrada de um prédio na Rua Ângelo Uglione, no Bairro Centro.
A Polícia Civil iniciou as investigações e identificou o autor, que não estaria mais em Santa Maria. Para não atrapalhar as diligências, o delegado Marcelo Mendes Arigony, titular da DPHPP, não divulga o nome do foragido e nem as circunstâncias que teriam levado ao assassinato de Zezinho.
“É uma questão que vai surpreender”, disse delegado regional em Podcast
Em sua participação no podcast Estação 29, no início do mês, o delegado de Polícia Regional de Santa Maria, Sandro Meinerz, comentou o assassinato de Zezinho.
De acordo com Mainerz, trata-se de um crime “atípico”, sem qualquer ligação com facções ou crime organizado, como ocorre em 90% dos homicídios registrados em Santa Maria.
” “É uma questão que até vai surpreender um pouco as pessoas quando a gente apresentar a motivação”, disse o delegado sem entrar em detalhes para preservar o trabalho da Polícia Civil.
Idoso assassinado a facadas foi metalúrgico e trabalhava como empresário do ramo imobiliário
Família aguarda desfecho
Enquanto a Polícia Civil procura pelo foragido, a família de José Carlos acompanha o desfecho do caso. O Paralelo 29 conversou com Michele Andrade, uma das filhas da vítima. Ela disse que os familiares confiam no trabalho da polícia e estão seguindo orientações da DPHPP.
“Queremos saber a motivação real, mas sabemos que foi algo bem diferente. Mas independentemente da motivação, nada vai trazer meu pai de volta”, lamenta Michele, que mora em Passo Fundo.
Zezinho tinha quatro filhos e quatro netos. A última vez que Michele viu o pai com vida foi em dezembro passado, no aniversário de um sobrinho, único neto homem de Zezinho.
Missas em homenagem à vítima
Michele conta que o pai tem uma história de vida bonita, de muito trabalho. Ele foi metalúrgico e depois montou uma serralheira, que ele passou para os filhos. No início dos anos 2000, Andrade abriu uma empresa no ramo imobiliário, atividade na qual trabalhava até o fatídico 22 de fevereiro.
Para lembrar o primeiro mês de falecimento do idoso, a família marcou missas: às 18h, na Basílica da Medianeira, em Santa Maria; e às 18h, na Catedral Nossa Senhora Aparecida, em Passo Fundo.