UFSM é uma das instituições com indicativo de paralisação das atividades
O Setor das Instituições Federais de Ensino (Ifes) do ANDES-SN aprovou o indicativo de greve das e dos docentes das universidades federais, institutos federais e Cefets da base do Sindicato Nacional para 15 de abril. A deliberação teve como base o resultado das assembleias realizadas nas seções sindicais, as quais, por maioria, referendaram a decisão congressual pela necessidade de construção de uma greve.
Na UFSM, a assembleia docente ocorrida na quarta, 20 de março, havia apontado indicativo de greve para a segunda quinzena de abril.
Diante do que foi definido na reunião do Setor das Ifes, na qual esteve presente o presidente da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), professor Ascísio Pereira, uma nova assembleia deverá ser chamada pela seção sindical nos próximos dias.
Nova rodada nas seções sindicais
O calendário definido pelo Setor das Ifes aponta a realização de nova rodada de assembleias nas seções sindicais entre 26 de março e 9 de abril. O Setor orienta como pauta das assembleias: deflagração da greve no dia 15 de abril, criação dos comitês locais de mobilização e construção das pautas locais.
Na sequência, ocorrerá uma outra reunião do Setor das Ifes no dia 10 de abril, com tempo de 72 horas para informar, governo e reitorias, sobre a deflagração de greve no dia 15 de abril.
A 1ª vice-presidente da Regional Planalto do ANDES/SN e da coordenação do Setor das Ifes, Helga Martins, destaca que as greves das demais categorias do setor da Educação, organizadas na Fasubra e no Sinasefe, e a falta de avanço nas tentativas de negociação com o governo sobre as pautas centrais da categoria – recomposição salarial, reestruturação da carreira, “revogaço” de medidas que atacam docentes e a educação pública como o Novo Ensino Médio, a BNC Formação, a portaria 983/2020, contribuem para a deflagração de um movimento paredista.
Segundo o ANDES-SN, a reunião das Ifes contou com a participação de representantes de 37 seções sindicais, que avaliaram as deliberações da categoria e as indicações feitas na primeira rodada de assembleia, depois de o 42º Congresso do ANDES-SN aprovar a construção da greve nas instituições federais de ensino e do setor da Educação, no primeiro semestre de 2024, rumo à greve unificada do funcionalismo público federal. Também foram apresentados informes encaminhados por seções sindicais que não estiveram presentes na reunião, e que serão incluídos no relatório da reunião.
“A partir da deliberação do Setor das Federais, agora começa o período de uma nova rodada de assembleias gerais das seções sindicais vinculadas ao ANDES-SN, do dia 26 de março até o dia 9 de abril, culminando em mais uma reunião do Setor das Ifes no dia 10, no sentido da deflagração da greve no dia 15 de abril. Então, agora cabe a todo mundo ir para os corredores, para os locais de trabalho nas universidades, IFs e cefets conversar com os colegas, convocar assembleias e, nesse sentido de convocação das assembleias, encaminhar a deliberação de hoje para construirmos uma greve do setor de Educação”, destacou Helton de Souza, 2º vice-presidente da Regional São Paulo do ANDES-SN e também da coordenação do Setor das Ifes.
Além de aprovar o indicativo de greve da base do ANDES-SN para 15 de abril e o calendário de rodadas de assembleias, a reunião do Setor das Ifes apontou ainda outros encaminhamentos, para intensificar a mobilização da categoria.
CONFIRA AS DELIBERAÇÕES
- Reforçar o dia 03/04 como Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, com foco em ações nos estados, em articulação com os demais servidores
- Construir a jornada de lutas do Fonasefe de 16 a 18 de abril, com atividades em Brasília
- 16/04: Audiência pública na Câmara Federal
- 17/04: Caravana e Marcha em Brasília dos servidores e das servidoras
- 18/04: atividades setoriais, possibilidade de ato no MEC das entidades da Educação
- Intensificar a produção de material do ANDES-SN e unificado com as entidades da Educação sobre a greve e as pautas
- Incorporar na agenda de mobilização possíveis dias de luta que venham a ser construídos pelos comandos de greve da Fasubra e Sinasefe
- Que os comitês locais ampliem a articulação com as demais categorias de trabalhadores e estudantes; e que sejam criados comitês nos locais onde não existem
(Com informações de Fritz R. Nunes – Assessoria da Sedufsm)