Fogo que atingiu imóvel deixou 10 mortos e 15 feridos
O prédio onde funcionava a pousada Garoa, que incendiou na madrugada desta sexta-feira (26) deixando 10 mortos e 15 feridos, em Porto Alegre, não tinha Plano de Prevenção e Proteção contra Incêndio (PPCI). O prédio fica na Avenida Farrapos, no Centro da capital.
Segundo reportagem de Pedro Trindade, do G1RS, não havia PPCI protocolado nem o respecitivo alvará para o local funcionar como residencial.
Conforme a reportagem, em 2019, foi aprovado um projeto para que o espaço fosse utilizado como escritório, mas não como hospedagem. Segundo o Corpo de Bombeiros, o proprietário do imóvel, à época, é quem deveria providenciar as medidas necessárias e solicitar uma vistoria. No entanto, isso não teria sido feito.
“Não houve solicitação para que o Corpo de Bombeiros pudesse vistoriar a edificação e emitir alvará, então, não estava licenciada para funcionar. A gente percebeu também que a edificação estava funcionando como pousada. E o protocolo de PPCI, que foi dado entrada no ano 2019, tava com uma edificação como ocupação de escritórios”, afirma o comandante do 1º BBM, tenente-coronel Lúcio Juanes da Silva.
A pousada, que é privada, hospedava pessoas em situação de vulnerabilidade social. Das 30 que estavam no espaço no momento do incêndicio, 16 tinham a estadia custeada pelos cofres públcos. A Prefeitura e o dono da pousada afirmaram que o local que incendiou estava regularizado.
Prefeito diz que situação será investigada
Em coletiva, o prefeito Sebastião Melo (MDB) informou que mandou abrir uma investigação e que determinou uma vistoria em outras instalações. No entanto, Melo disse que a empresa venceu a concorrência e tinha todas as condições de prestar o serviço.
Melo também disse que também determinou uma vistoria em todas as hospedagens administradas pela empresa que venceu a licitação.
O que dizem o secetário de Assistência e o dono da pousada
Mais cedo, também ao G1Rs, o secretário de Assistência Social de Porto Alegre, Léo Voigt, dusse que os proprietários da pousada entragaram a documentação exigida pela licitação, o que inclui o registro de PPCI.
“Eles registraram em agosto. Ainda está tramitando no interior dos bombeiros, mas toda a documentação exigida foi entregue em agosto. Eles entregaram a documentação, eles estão em plena conformidade com a lei”, afirma o secretário de Assistência Social Léo Voigt.
O proprietário da pousada, André Luis Kologeski da Silva, afirma que o incêndio foi criminoso. Segundo ele, a docuentação exigida está em dia.
Nas redes sociais, políticos de oposição ao prefeito, como as deputadas Luciana Genro (PSOL) e Laura Sito (PT) e vereadores da base oposicionista em Porto Alegre responsabilizam o governo Melo pela tragédia.