Paulo Sérgio Cortelini, do MDB, foi reeleio com 53,22% dos votos neste domingo. Mandato
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
Os eleitores de São Francisco de Assis, no Vale do Jaguari, voltaram às urnas neste domingo (28) para escolher seu novo prefeito. Eles reconduziram ao cargo Paulo Renato Cortelini (MDB), que havia sido cassado em março deste ano por compra de votos.
Cortelini, que é conhecido no município pelo apelido de Gambá, foi eleito na eleição fora de época com 53,22% dos votos dos assisenses. Ele obteve 5,4 mil votos.
A participação de Cortelini na eleição foi possível porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não o considerou inelegível, abrindo caminho para que ele pudesse concorrer novamente.
Na nova chapa, Cortelini colocou como vice Ebertom Luiz dos Santos (PDT), mesmo partido do vice-prefeito anterior, que acabou sendo cassado. Ebertom é conhecido como Peruca.
O prefeito eleito enfrentou Ademar Antônio Dal Rosso Frescura (PP), que teve 46,78% dos votos, ou 4,8 mil votos. Nas redes sociais, Cortelini e seus apoiadores festejaram a vitória com discursos inflamados. “Obrigado, São Chico!”, escreveu o prefeito reeleito em postagem no Facebook. Já Frescura ainda não tinha se manifestado em suas redes sociais.
A escolha do novo prefeito de São Francisco de Assis deveria ter ocorrido em março do ano passado, mas uma liminar da Justiça suspendeu o pleito.
Com cassação de prefeito e vice, São Francisco de Assis terá nova eleição
A cassação
Cortelini, seu então vice, Jeremias Oliveira (PDT), e o vereador Vasco Carvalho (MDB), presidente da Câmara, foram cassados pela Justiça Eleitoral por compra de votos e abuso de poder nas eleições municipais de 2020. Primeiro, ele foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Depois, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a cassação.
Em sua denúncia contra os políticos, o Ministério Público Eleitoral afirmou que Vasco Carvalho teria negociado a entrega de cestas básicas a eleitores a pedido de Cortelini e Jeremias.
O então vice também foi acusado de custear combustível para eleitores em troca de votos, entre outras acusações. Diferentemente, Jeremias e Carvalho ficaram inelegíveis por oito anos. Eles negam as acusações do Ministério Público.
“Ele foi cassado por litisconsórcio obrigatório, pois a inegibilidade foi do vice-prefeito”, explica o advogado eleitoralista Robson Zinn, de Santa Maria, que prestou assessoria jurídica a Cortelini.
Eleito para terminar o mandato
A eleição deste domingo foi para um mandato complementar. Ou seja, até outubro deste ano, quando os eleitores assisenses voltarão às urnas para eleger o seu representante para os próximos quatro anos. Assim, Cortelini ficará até 1º de janeiro de 2025.
Em princípio, Cortelini não será candidato à reeleição. MDB e PDT têm uma coligação histórica em São Francisco de Assis. Assim, em 2024 será a vez dos trabalhistas indicarem o cabeça de chapa. O nome mais cotado no PDT é o de Paulo Salbego, conhecido na cidade como Paulinho.