Procurador Guilherme Cortez diz que Prefeitura não quer adotar medidas de força e estuda alternativas para moradores saírem
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
O procurador-geral do Município, Guilherme Cortez, disse no início da tarde desta quarta-feira (8) que a Prefeitura de Santa Maria não quer adotar uma postura de confronto com moradores de áreas de risco que não querem sair de suas casas mesmo com ameaça de deslizamento.
Cortez conversou com o Paralelo 29 e disse que, embora medidas judiciais estejam em estudo, a Prefeitura vai apostar no diálogo com as comunidades do entorno do Morro do Cechella, no Bairro Itararé. A Rua Canário e a Vila Nossa Senhora Aparecida (Churupa) são as que mais preocupam.
Áreas interditadas após morte de mãe e filha
Na Canário, onde houve um deslizamento que matou mãe e filha, na semana passada, a Defesa Civil interditou a região. Na tarde dessa terça (7), servidores colocaram placas em vários locais.
“Essas áreas já foram interditadas e os moradores não vão poder permanecer. Mas vamos dialogar com a comunidade, apresentar alternativas”, disse Cortez.
As famílias que deixam suas casas estão sendo alojadas no Centro Desportivo Municipal (CDM) e na Igreja Santa Catarina.
POZZOBOM: “A gente está implorando para que saiam da áreas de risco
Prefeitura não vai se manifestar sobre assessora de vereador
O procurador disse que a Prefeitura não vai se manifestar sobre o vídeo gravado pelo Paralelo 29 em que Luciane Moura, chefe de Gabinete do vereador Paulo Ricardo Pedroso (PSD) orienta moradores da Churupa a “não assinarem” nenhum documento da Defesa Civil.
“Isso é competência de outros órgãos”, disse Cortez, ressaltando, porém, que há responsabilizações até mesmo criminais se alguém colocar a vida de outras pessoas em risco.
Em nota, a assessora parlamentar disse que não teve a intenção de orientar os moradores a desobedecerem a Defesa Civil e assumiu a responsabilidade para si.
Paulo Ricardo também divulgou nota ao Paralelo 29 afirmando que respeita as orientações dos órgãos de segurança.