Paralelo 29

Debate expõe ideias dos candidatos a prefeito de Santa Maria

Candidatoa prefeito particpam de debate
Confronto entre candidatos a prefeito foi realizado na noite de segunda-feira Foto: Reprodução, Facebook OAB Santa Maria

Promovido pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), OAB Santa Maria e Sindicato da Construção Civil Santa Maria (Sinduscon), ocorreu, na noite de segunda-feira (19),  o debate entre os seis candidatos a prefeito: Evandro de Barros Behr (Cidadania), Jader Maretoli (Republicanos), Jorge Pozzobom (PSDB), Luciano Guerra (PT), Marcelo Bisogno (PDT) e Sergio Cechin (Progressistas). 

Dos cinco blocos, o primeiro foi de considerações iniciais. Alguns dos aspirantes aproveitaram para se apresentar, outros para marcar posição ou  já para fazer promessas.

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Pozzobom cita obras de sua gestão

Pelo sorteio, o atual prefeito Jorge Pozzobom abriu o bloco. Ele se solidarizou com as famílias da Covid -19 (a cidade chegou a 89 óbitos nesta segunda-feira), e agradeceu ao apoio recebido durante a pandemia.

Em seguida, o tucano afirmou que tem sofrido ataques, mas disse que estava no debate para falar “de coisas boas”.

Então, Pozzobom enumerou obras que, segundo ele, “impactam na vida das pessoas”,  como a abertura de duas creches municipais, o funcionamento do Hospital Regional e a contratação de 508 professores.

Behr critica a “velha política”

O segundo a se apresentar aos eleitores foi Evandro Behr. Filho do ex-prefeito Evandro Behr, ele declarou que estava diante do momento mais importante da sua vida.

Depois, criticou a velha política, frisando que “não se resolve os problemas das pessoas a cada dois anos”, referindo-se aos períodos de eleição.

Behr declarou, ainda, que veio para “firmar diferenças”, ressaltando que sua candidatura está ancorada em “coragem, ideias e respeito entre nós, (candidatos), e “vocês (eleitores”.

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Cechin destaca a sua trajetória

De acordo com o sorteio, o atual vice-prefeito Sergio Cechin foi o terceiro a se manifestar no bloco das considerações iniciais.

Ocupou parte do tempo para enfatizar a crise “sem precedentes” vivida em Santa Maria e sua trajetória política, que inclui seis mandatos de vereador e dois de vice-prefeito.

A exemplo do que tem feito na propaganda eleitoral no rádio e na televisão, Cechin se disse preparado para governar a cidade e que “acha que esse é meu momento.”  

Luciano promete reduzir salário

Quarto a falar, o vereador Luciano Guerra se solidarizou com as famílias de vítimas da pandemia e agradeceu o trabalho dos profissionais de saúde. Ele defendeu o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e políticas de incentivo para os empreendedores locais.

O petista aproveitou o bloco de abertura para afirmar que “nosso compromisso é enxugar a máquina pública”, prometendo reduzir em 50 % os cargos em comissão (CCs) e no mesmo percentual o salário do prefeito.

A economia com os cortes de despesas, segundo ele, seria destinada a um fundo para auxiliar empreendedores e agricultores familiares.


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Jader diz que cidade “não avança”

Penúltimo a se manifestar, o pastor Jader Maretoli disse que, desde que chegou a Santa Maria, bem como sua vice, Maria Helena (Republicanos), Santa Maria “não avança.”

Relatou que as famílias continuam sofrendo e “abandonadas” em postos de saúde, onde precisam ir de madrugada para marcar uma consulta.

Também criticou o transporte coletivo. Além disso, Jader ressaltou que a cidade tem um imenso potencial e defendeu a retomada do crescimento, pregando pensamento e caminhos “diferentes.”

Bisogno prega união e experiência

O radialista Marcelo Bisogno encerrou o bloco inicial do debate. Nos seus três minutos, relembrou que, no pleito de 2016, ele, Fabiano Pereira (PSB), seu atual vice, e Werner Rempel (PCdoB), concorreram a prefeito, e juntos, somaram mais de 40 mil votos. E que hoje os três estão unidos.

O pedetista ressaltou as qualidades de seu vice, afirmando que Fabiano foi “um grande gestor” na Secretária de Saúde, enfatizando seu próprio trabalho na Secretaria de Mobilidade Urbana.

Em sua manifestação, Bisogno deu ênfase a sua experiência e a de Fabiano como gestores, pedindo “uma chance” para governarem Santa Maria.  


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Desburocratização e alvarás

No segundo bloco, os candidatos responderam a seis perguntas elaboradas pelas entidades organizadoras do debate. Tanto o concorrente quanto o questionamento foram definidos também por sorteio.

Jader Maretoli abriu a rodada, respondendo sobre medidas adotadas para desburocratizar o processo para  instalação de empresas na cidade.

Ele afirmou que pequenos e grandes empresários enfrentam dificuldades para a concessão de alvarás, e prometeu criar o Escritório do Empreendedor.

Ainda na resposta, Jader afirmou que não haverá, num eventual  governo seu,  “tratamento diferenciado”, como o que teria ocorrido com a Havan e a Farmácia São João.

Sem aumento de impostos

O próximo a ser questionado foi Evandro Behr. O tema foi aumento de impostos. Em resposta, o candidato do Cidadania disse que pensar nessa alternativa “seria um absurdo”.

Para Behr, a receita para aumentar a arrecadação está no estímulo ao comércio, na desburocratização dos processos e na concentração de bens e serviços em Santa Maria, que, na opinião dele, tem de ser transformada na capital da Metade Sul.

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Valorização dos servidores

O orçamento deficitário do município, que este ano é de R$ 870 milhões, foi o assunto da pergunta para Luciano Guerra.

O petista respondeu sobre medidas para incrementar o orçamento e não comprometer serviços essenciais. Ele afirmou que, entre as soluções que adotaria, está  a valorização dos servidos para elaboração de “bons projetos.”

O candidato acrescentou que Santa Maria não pode mais perder recursos “por falta de projetos e de planejamento”.  Também ressaltou que captaria recursos por meio dos deputados e, ainda, concederia isenção de impostos no primeiro ano de instalação de empresas na cidade.

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União para buscar recursos

O vice Sergio Cechin foi questionado sobre a articulação para a elaboração de um novo Pacto Federativo com distribuição dos recursos de forma mais justa para os municípios atenderem suas demandas.

Em resposta, ele afirmou que seu partido, o Progressistas, tem com bandeira o municipalismo e que será necessária a união de “todos (deputados federais e deputados estaduais)” para viabilizar um novo pacto. Para concluir, ele afirmou que todas “as siglas são importantes para nós”.

Não ao lixo de outras cidades

O meio ambiente foi tema da pergunta para Marcelo Bisogno. O foco era a utilização de critérios sustentáveis na elaboração de projetos na área.

O candidato aproveitou o assunto para criticar o fato de vários municípios da região depositarem seu lixo em Santa Maria, e acidade não receber “nenhum centavo”.

Esse dinheiro seria investido em saúde e ações em prol do meio ambiente. Além de prometer cobrar das prefeituras, Bisogno defendeu a recuperação dos arroios Cancela e Cadena “completamente poluídos.”  


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Aposta na Escola de Sargentos

O prefeito Pozzobom encerrou o bloco.  Na pergunta, as entidades questionaram os setores mais afetados com a crise financeira, que deve se agravar em 2021. O candidato destacou que não se pode “perder tempo” e preparar medidas para o pós-pandemia.

O tucano ressaltou que sua gestão paga em dia a folha dos servidores, que soma R$ 14 milhões, e que está trabalhando para trazer para Santa Maria a Escola de Sargentos das Armas (ESA), que injetaria R$ 250 milhões só em salários.

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