Confira os pré-candidatos à Prefeitura de Santa Maria devem ir com chapa pura nas eleições de outubro
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
Em conversa com o Paralelo 29 na tarde desta quinta-feira (11), na Câmara de Santa Maria, o vereador Tony Oliveira (Podemos), garantiu que vai mesmo disputar a Prefeitura nas eleições deste ano. E sozinho. Depois, na tribuna, ele confirmou, em discurso, o que dissera ao colunista.
Tony, inclusive, confrmou sua participação no podcast Estação 29 do Paralelo 29, que será divulgado a partir da semana que vem com os pré-candidatos a prefeito.
O vereador do Podemos não esconde uma certa decepção com outras siglas da cidade, que não teriam visto o seu potencial.
Questionado sobre quem será seu parceiro de chapa, ele disse que o Podemos tem “nomes fortes” para vice e citou um: o general Giovany Carrião de Freitas, que comandou a 6ª Brigada de Infantaria Blindada e, depois, assumiu interinamente a 3ª Divisão do Exército.
Em 2022, Carrião, como é conhecido na caserna e fora dela, concorreu a deputado estadual pelo PSC. Conquistou 6.337, praticamente a metade do que Tony arrecadou nas urnas. Carrião, atualmente, é integrante da Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm).
Paulo Burmann (PDT) é outro que deverá concorrer com chapa própria. O time do “Bloco do Eu Sozinho” completa-se com Roberta Leitão (PL), Dr Moacir (PRD) e, talvez, Alídio da Luz (PSOL).
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NOTAS TRANSVERSAIS
PP lança pré-candidatura de Lúcia Madruga
O PP realizou, na noite gelada desta quinta-feira (11),o lançamento da pré-candidatura da ex-secretária de Educação de Santa Maria Lúcia Madruga a vice de Rodrigo Decimo (PSDB).
O atual vice-prefeito e a ex-secretária têm o desafio de tentar emplacar a terceira administração tucana consecutiva no município, a segunda em parceria com o PP.
Agora, os partidos preparam o lançamento oficial da dobradinha Decimo-Lúcia em um evento previsto para o final de julho. Também integram a coligação o Republicanos, o PSD e o PSB.
A deputada estadual Silvana Covatti veio à cidade representando o PP estadual. No próximo lançamento, a ideia é fazer um evento regional com a presença de políticos de peso das siglas.
Bate-boca e projeto de revisão salarial retirado
A sessão desta quinta-feira da Câmara de Vereadores de Santa Maria teve muito bate-boca por conta do Projeto de Lei nº 9824, que estabelece o índice para a concessão da revisão geral anual dos servidores do Poder Executivo, aposentados e pensionistas.
Não houve acordo entre os parlamentares, e o vereador Tubias Calil (PL) pediu a retirada. Resultado: o projeto foi retirado pelo Executivo, que fará ajustes na matéria.
Como não se trata de reajuste real, mas apenas de reposição inflacionária, o projeto poderá ser votado em agosto, depois do recesso, mesmo em época eleitoral. Caso a proposta contivesse ganho real (acima da inflação), ela só poderia ser votada depois do segundo turno das eleições, que será em 27 de outubro.
Entre os parlamentares que chiaram, está a vereadora Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), que é professora municipal.
Outra matéria, o Projeto de Lei 9823, sequer entrou na ordem do dia, porque houve negativa dos vereadores. O PL prevê que a gestão e a manutenção do sistema de assistência à saúde dos servidores públicos fiquem sob a responsabilidade do Executivo Municipal.
Assim como o projeto de revisão salarial, o governo também retirou a proposta para ajustes. Então, prepare-se para mais sessões barulhentas em agoto. O detalhe é que a TV Câmara já não estará transmitindo as essões em cumprimento à legislação eleitoral. Assim, só quem for ao palace da Vale Machado assistirá o debate.
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O que impediu a votação da revisão
A proposta do Executivo Municipal tinha embutida outra questão: a transferência do Fundo de Saúde dos servidores para a Prefeitura. Esse recurso, que foi depositado no Fundo a título de contribuição patronal, para ser usado, deve entrar no caixo único do Município.
Sem essa transferência para o caixa único, não há como reverter para o servidor, seja em revisão, ganhou real ou mesmo por meio de vale-alimentação.
Pela proposta, o Município assume o gerenciamento total dos planos de saúde (Unimed e IPE), já que, com a reforma da Previdência, o Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria (Ipassp) não pode mais administrar saúde e previdência. Ou seja, a autarquia não pode utilizar os recursos do Fundo para custeio da saúde.
Mas houve quem entendesse que esse Fundo não pode ser repassado ao Executivo por ser um Fundo dos servidores. Enfim, uma polêmica das grandes e um impasse no Legislativo.
MÁQUINA DO TEMPO
Depois de duas viagens mais longínquas, a Máquina do Tempo volta ao século 21 e aterrissa no ano de 2020, em plena pandemia da covid-19. Nas eleições municipais daquele ano, tudo foi diferente. Foi a eleição do medo, da máscara e do álcool gel.
Em uma época de plena pandemia, sem vacina disponível contra o temível coronavírus e milhares de doentes e mortos, até a data da eleição foi adiada.
Nas bancas do Calçadão de Santa Maria, o cenário era de candidatos e cabos eleitorais mascarados distribuindo propaganda e abordando eleitores também mascarados. Sem os apertos de mão, abraços e beijos, sobrou o tapinha nas costas.
Mesmo assim, teve candidato que não escapou do corona. Nos dias de votação, cuidados redobrados, filas com distanciamento e muito álcool gel. Ua época que ninguém quer lembrar.