Paralelo 29

Exército disponibilizará uma segunda ponte provisória para travessia do Arroio Grande

Reunião na Comissão de Assuntos Municipais/Foto: Celso Bender, ALRS

Obras de instalação devem começara em 30 dias

O Exército Brasileiro disponibilizará uma segunda ponte provisória para a travessia do Arroio Grande, em Santa Maria. A informação é da assessoria do deputado estaual Valdeci Oliveira (PT), integrante da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa.

O assunto foi debatido nesta terça-feira (3). Diaramente os usuários a RSC-287, que trafegam entre o distrito de Palma e a região urbana de Santa Maria e quem se desloca no sentido inverso efrentam transtornos. Motoristas chegam a ficar parados por até 40 minutos para cruzar a ponte provisória instalada sobre o Arroio Grande.

Em até 30 dias, após acertos de ordem técnica entre a concessionária Sacyr e o Exército, deverá ser instalada uma nova estrutura provisória. O tema foi o principal assunto da Comissão de Serviços Públicos.

Participaram da reunião, além de deputados, representantes da empresa responsável pela exploração e duplicação da rodovia e da Agência Estadual de Regulação de Serviços (Agergs).

O tema entrou na pauta do colegiado a partir da solicitação feita pelo deputado Valdeci Oliveira, que tem vivenciado, desde maio, por conta das chuvas que arrastaram a ponte original, o drama dos moradores do distrito que precisam se deslocar e retornar diariamente de Santa Maria e ficam parados por um longo período por conta do sistema “pare-e-siga” (e na sequência pagar tarifa do pedágio), uma vez que a estrutura, por questão de segurança, não comporta o tráfego contínuo nas duas mãos.

“A ponte provisória é importante, ajudou muito, mas não resolve minimamente as necessidades daquela região, que inclui as comunidades de Palma, Arroio do Só, Arroio Grande e Restinga Seca que se deslocam todos os dias até Santa Maria para trabalhar, estudar e ir a consultas médicas”, destacou o deputado, que tem acompanhado as ações de reconstrução da infraestrutura capitaneadas pelo governo federal na Região Central.

Obras iniciam em outubro

Ao longo do debate, Leandro Conterato, diretor da Sacyr, explicou que as obras para a nova ponte ainda dependem da conclusão das sondagens geotécnicas, estudos hidrológicos e hidráulicos.

“O projeto deve estar pronto ainda em setembro, com início dos trabalhos em outubro e a conclusão estimada em abril de 2025. É uma obra lenta, complexa, feita por etapas. Não existem atalhos”, sustentou.

Com a sugestão de se utilizar uma segunda ponte provisória do Exército, o executivo afirmou inicialmente se tratar de uma possibilidade e que tratativas para esse fim estavam ocorrendo.

Antes do final do encontro, porém, o próprio Conterato anunciou que a estrutura já se encontra disponível e que agora é uma questão de ordem técnica, como construção de um aterro nas cabeceiras para que a obra fique viável. Vencida esta etapa, “em um mês é possível colocar essa segunda ponte provisória em operação”, assegurou.

Outro ponto trazido por Valdeci, que ainda depende do posicionamento do governo do Estado (que não enviou representante para a reunião) disse respeito ao pagamento do pedágio pelos moradores que são obrigados a se deslocarem diariamente entre os distritos e Santa Maria, “uma situação injusta e que precisa ser revista”.

Isenção do pagamento ou diferenciação tarifária não estão previstos no contrato de concessão da RSC-287 e dependeria da definição do poder público.

Segundo Ricardo Citolin, diretor de qualidade da Agergs, ao órgão cabe apenas acompanhar o cumprimento do contrato e fiscalizar a prestação de serviço. “A forma de como fazer é do poder concedente”, explicou.

Ao final do encontro, que também contou com a participação dos deputados Airton Lima e Elton Weber, co-autores da proposta de discussão, Valdeci levantou outra questão, a de que haja mais demora para a conclusão dos trabalhos da nova ponte, uma vez que o processo precisará ser aprovado tanto pela Secretaria de Parcerias como pela própria Agergs.

“O que foi dito aqui (sobre a segunda ponte provisória) traz certo alento para as comunidades. O que me preocupa é o fato de que pode haver certa lentidão (com o início das obras da estrutura definitiva). E nesse momento é fundamental que se tenha agilidade. Santa Maria, por tudo o que já passou, precisa de uma atenção especial. Vamos acompanhar e ficar atentos a todas as fases dos trabalhos e estabelecer, como fizemos no início das ações de recuperação do estado, as relações necessárias como a Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do RS, com o ministro Paulo Pimenta e outros órgãos federais que se achar necessário”, pontuou.

(Com informações da assessoria do deputado estadual Valdeci Oliveira)


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