Paralelo 29

CASO DO BOLO: Perícia aponta que sogro de suspeita de envenenar familiares também ingeriu arsênio antes de morrer

Paulo e Zeli, sogros da suspeita/Foto: Reprodução, Facebook

Confirmado veneno no cadáver de Paulo Luiz dos Anjos, que morreu em setembro, após comer leite em pó com bananas levados pela nora

Exames do Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul apontaram que Paulo Luiz dos Anjos, sogro da mulher presa por suspeita de envenanar o bolo que matou três pessoas em Torres, no Litoral Norte, também ingeriu arsênio antes de morrer. A apuração foi feita pelo jornal Zero Hora e divulgada nesta sexta-feira (10) pelo site G1RS e outros veículos do grupo RBS.

Os exames foram feitos a partir da exumação do corpo de Paulo Luiz, nessa quarta-feira (8). Paulo Luiz morreu em setembro, depois de consumir bananas e leite em pó que foram levados à casa dele, em Arroio do Sal, pela nora Deise Moura dos Anjos, que está presa por suspeita de envena o bolo de Natal com o mesmo veneno. Três pessoas morreram ao comer o bolo.

Paulo Luiz era casado com Zeli dos Anjos, que fez o bolo, comeu duas fatias (a que mais comeu) e ainda está hospitalizada. Segundo o G1RS, o resultado da perícia no cadáver de Paulo Luiz será anunciado pelas autoridades policiais em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira.

Leite em pó e bananas levaram sogro à morte

O corpo de Paulo Luiz foi sepultado em Canoas, na Região Metropolitana, onde ele morou com Zeli dos Anos. A exumação foi pedida pela Policia Civil logo que o caso do bolo envenado veio a público, em dezembro passado.

A morte de Paulo Luiz foi atribuída a uma infecção intestinal depois da visita da nora. A mulher dele, Zeli, que é sogra da suspeita de envenenar o bolo, também passou mal ao comer banana com leite em pó na ocasião em que Paulo Luiz acabou morrendo.

Assim, a primeira suspeita de envenenamento teria ocorrido em agosto, quando Deise, a suspeita, foi com o marido (filho do casal Paulo Luiz e Zeli) visitar os sogros, Ekes kevaram produtos de limpeza, flores e farinha além do leite em pó e bananas.

No caso do bolo, que foi feito por Zeli, sogra da suspeita, o IGP constatou que o doce foi feito com farinha envenenada com arsênio, veneno que já havia sido constatato no corpo das vítimas em exames de sangue feitos no hospital em que elas foram atendidas.

Deise é investigada por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ela está presa no Presídio Estadual Feminino de Torres.

Nas investigações, a Polícia Civil descobriu que Deise não gostava da sogra. A apuração também constatou que Deise usou o celular para pesquisar tipos de “veneno para o coração” e “veneno para humanos”, em 18 de novembro.

Caso estarreceu o RS e ganhou noticiário nacional

Sete pessoas da mesma família participaram de uma confraternização de fim de ano, em Torres, na tarde de 23 de dezembro de 2024, quando começaram a passar mal depois de comer um bolo. Somente uma das pessoas não teria comido o bolo.

Três mulheres morreram em curto espaço de tempo. Tatiana Denize Silva dos Anjos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória. Neuza Denize Silva dos Anjos morreu de um “choque pós-intoxicação alimentar”.

Além delas, Zeli, a sogra, e um menino de dez anos, foram hospitalizados pelo mesmo problema. O menino já deu alta, e Zeli continua internada.

A Polícia Civil apurou que a relação entre nora e sogra era difícil desde o início da relação. Ou seja, há cerca de 20 anos. Contudo, os investigadores ainda não têm certeza sobre o que motivou o crime e não dá detalhes sobre quem seria o alvo de Deise com o envenenamento da farinha do bolo. Celulares de pessoas relacionadas à família foram apreendidos.

Entre eles, está o telefone do marido de Deise e filho de Paulo Luiz e Zeli. Apesar da apaeensão, a Polícia Civil não trata o homem como suspeito do crime.

(Com informações do G1RS)

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