Paralelo 29

CUCA VICEDO: Gladiador foi apenas um

Russel Crowe, o verdadeiro Gladiador/Foto: Divulgação

CUCA VICEDO – PUBLICITÁRIA E COMENTARISTA DE CINEMA

A necessidade de sucessos financeiros no cinema supera qualquer expectativa de filmes com roteiro, excelentes atuações, produção infalível.

Quando o primeiro filme GLADIADOR (1999) foi lançado, o diferencial na época cativou um público fiel até hoje.

Além do roteiro perfeitamente convincente e atualizado, pois ditadores medíocres que usam da mídia massiva estão a toda no mundo, o filme de Ridley Scott tinha um grande diferencial: Russel Crowe.

O personagem do General Máximus demonstrava a força, justiça, honestidade e sentimento de perda, com os quais, até hoje, qualquer um se identifica.

Ser Justo num mundo cheio de ganância e desonestidade, comandado por um hipócrita lunático, você já viu isso antes?

A segunda parte do filme não tem o mesmo ideal e o elenco encabeçado por um medíocre Paul Mescal, astrinho que estão lançando à ascensão, nada chega perto da grande interpretação de Russel, inesquecível até hoje.

GALDIADOR 2 é uma sessão da tarde cara e pretenciosa que trouxe atores para dar bilheteria como o ótimo Pedro Pascal num papel medíocre, e o ator que se destacou na série adolescente STRANGER THINGS da netflix, Anthony Quinn, da mesma forma perdido.

Quem se sobressai é exatamente o personagem que representa a desonestidade de Roma e uso da máquina pública, um “criador de conteúdo” representado por Denzel Washington.

Com maestria, ele rouba o filme de todas as formas, pois é um verdadeiro intérprete na situação. Fala sério? Gladiador combatendo Tubarão? Vale a pena rever o primeiro filme que ainda é bem superior. Sem nunca esquecer: o que se vive no passado é exemplo para o futuro.

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