Paralelo 29

Câmara mantém veto de Pozzobom a isenção de passagem para agentes de segurança e de meia-passagem para professores

Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29
POR MAIQUEL ROSAURO – Site claudemirpereira.com.br*

Confira quem votou contra e a favor à manutenção do veto

Os vereadores santa-marienses decidiram, por 12 votos favoráveis e sete 7 contrários, manter o Veto 1/2025, do então prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), que barrou trechos do Projeto de Lei 9782/2024, que atualiza o sistema de transporte público de passageiros de Santa Maria. Antes da votação, inúmeros parlamentares utilizaram a tribuna, na sessão desta terça-feira (25), para manifestar seu posicionamento.

Pozzobom vetou emendas que previam a isenção de pagamento no transporte coletivo para agentes da segurança pública; bem como derrubou o desconto de 50% na tarifa concedido a professores das redes pública e privada de ensino, e para pessoas com vínculo empregatício cuja renda bruta mensal não ultrapasse dois salários mínimos.

Líder do governo: veto não retira direitos

O líder do governo na Casa, Givago Ribeiro (PSDB), afirmou que o veto não retira direitos, sobretudo, dos professores.

“Temos a questão do auxílio-transporte, que não está sendo retirado. A gratuidade sugerida na emenda já está contemplada na questão do auxílio-transporte. Não estamos discutindo a retirada deste direito”, disse Givago sobre os professores.

O tucano relatou ainda que policiais militares praticamente não usam o sistema de transporte público nos últimos anos. Sobre o subsídio para pessoas com vínculo empregatício cuja renda bruta mensal não ultrapasse dois salários mínimos (durante as explanações foi usado o exemplo das empregadas domésticas), Givago disse que a emenda seria um benefício para o empregador formal que paga pela passagem e não para os trabalhadores.

Líder da oposição: govero ataca trabalhadores

A líder da oposição, Helen Cabral (PT), relatou que o governo municipal ataca os trabalhadores que mais precisam de auxílio.

“Quem precisa do transporte público coletivo é aquela professora que está iniciando, aquela professora contratada que pega quatro ônibus para chegar em sua escola – isso quando não pega seis ônibus. A empregada doméstica é aquela que ganha salário-mínimo. O trabalhador da segurança pública que precisa do transporte público coletivo é o soldado que está iniciando na Brigada”, afirmou Helen.

A proposta que atualiza o sistema de transporte público de passageiros de Santa Maria foi aprovada pelos vereadores em sessão extraordinária, em 12 de dezembro, e sancionada via Lei 6970/2024. Com o mantimento do veto, a legislação seguirá inalterada.

COMO VOTARAM OS VEREADORES

  • Admar Pozzobom (PSDB) – Sim ao veto
  • Adelar Vargas (MDB), Bolinha – Sim ao veto
  • Alexandre Vargas (Republicanos) – Sim ao veto
  • Alice Carvalho (PSol) – Não ao veto
  • Givago Ribeiro (PSDB) – Sim ao veto
  • Guilherme Badke (Republicanos) – Sim ao veto
  • Helen Cabral (PT) – Não ao veto
  • Lorenzo Pichinin (PSDB) – Sim ao veto
  • Luiz Carlos Fort (PP) – Sim ao veto
  • Luiz Fernando Lemos (PDT) – Não ao veto
  • Luiz Roberto Meneghetti (Novo) – Sim ao veto
  • Marcelo Bisogno (UB) – Sim ao veto
  • Marina Callegaro (PT) – Não ao veto
  • Rudinei Rodrigues (MDB) – Sim ao veto
  • Sidinei Cardoso (PT) – Não ao veto
  • Tony Oliveira (Podemos) – Sim ao veto
  • Tubias Callil (PL) – Sim ao veto

Valdir Oliveira (PT) – Não ao veto

  • Werner Rempel (PCdoB) – Não ao veto

Ausentes: João Ricardo Vargas – Coronel Vargas (PL) e Sergio Cechin (PP)

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