Paralelo 29

Prefeitura de Santa Maria divulga nota sobre mortes de duas crianças com suspeita de meningite

Foto: Valter Campanato, Agência Brasil

Os dois casos ocorridos nesta semana estão sendo investigados, diz Secretaria de Saúde

A equipe da Vigilância em Saúde esteve, nesta sexta-feira (16), na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Pinheiro Machado para repassar orientações à equipe diretiva após a morte de uma criança de 7 anos por suspeita de meningite. O óbito aconteceu em 13 de maio.

Em uma creche particular, um estudante de 4 anos morreu em 15 de maio também por suspeita de meningite. A equipe também foi até a creche, mas o local estava fechado por orientação da própria vigilância, uma vez que ocorreu contato telefônico com a creche previamente. As orientações são referentes a cuidados de higienização na escola e com os demais estudantes.

“Em um momento tão delicado como este, não se pode espalhar desinformação. Esclarecemos que dois casos de uma doença, que estão sob suspeita, não configuram surto. De qualquer forma, orientamos cuidado redobrado nas escolas com higienização e bebedouros. Às famílias, pedimos que fiquem atentos aos seus filhos, principalmente aos pequenos em termos de precaução”, explicou o secretário de Saúde, Guilherme Ribas.

Os dois casos estão sendo investigados e aguardam comprovação via exame laboratorial. Não há mais casos em investigação no momento.

Doença grave

A meningite é uma doença causada pela inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, o que se dá por meio da infecção principalmente por vírus ou bactérias. O SUS oferece sete vacinas contra a meningite, uma doença endêmica no país.

A Sociedade Brasileira de Imunizações explica que a meningite meningogócica está entre as mais graves, por ser uma doença que chega a causar a morte de 20% dos pacientes e a deixar um em cada cinco com sequelas importantes, como amputações de braços e pernas e danos neurológicos irreversíveis.

Prevenção

A vacinação contra a meningite deve começar ao nascer, com a vacina BCG, que protege contra formas graves da tuberculose, o que inclui a meningite tuberculosa.

A vacina pentavalente, prescrita para crianças de 2, 4 e 6 meses de idade, funciona na prevenção contra a meningite causada pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, além de difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

Aos 2 meses de idade, os bebês também devem tomar a primeira dose da pneumocócica 10-valente, que requer ainda uma dose aos 4 meses de idade e um reforço ao completar o primeiro ano de vida. Essa vacina protege contra a meningite pneumocócica e contra pneumonias.

A vacina meningocócica C conjugada, que protege contra o sorotipo C do meningococo, deve ser aplicada aos 3, 5 e 12 meses idade. Nesse caso, a prevenção é contra a meningite meningocócica.

Já a meningocócica ACWY, contra o mesmo tipo de meningite, protege contra os sorotipos A, C, W e Y, e é recomendada para adolescentes de 11 a 14 anos de idade.

A vacinação com a ACWY no país está em situação ainda pior que a da meningocócica C, com cobertura de apenas 57% em 2022, segundo o Ministério da Saúde.

A vacina Pneumocócica 23-valente não faz parte do calendário infantil e é recomendada pelo Ministério da Saúde para toda a população indígena acima de 5 anos de idade e para a população com mais de 60 anos de idade abrigada em instituições de acolhimento.

A vacina Pneumocócica 13-valente é aplicada apenas nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), e seu uso é recomendado para indivíduos com ao menos 5 anos de idade que vivem com HIV, pacientes oncológicos, transplantados de órgãos sólidos e transplantados de medula óssea.

(*Com informações da Agência Brasil_)

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