Prisão ocorreu depois de um alerta da polícia do Canadá à PF
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
O médico pediatra Bruno Gossler Schimidt, que foi preso pela Polícia Federal (PF) nessa quinta-feira (12), em Passo Fundo, por armazenar pornografia infantil, tentou fazer residência médica na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em 2024, e no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), em 2025.
Schmidt se inscreveu para o curso 958 em pediatria com 11 vagas, mas ficou no 32º lugar na classificação geral, obtendo a nota final 4,590. Ele concorreu a uma das oito vagas de ampla concorrência previstas na seleção, ficando na condição de suplente para residência médica.
Schmidt também tentou trabalhar no Hospital Universitário de Santa Maria (UFSM) em um processo seletivo para médicos residentes em 2024 e em 2025. Ele chegou a ser chamado para a 2ª etapa nas duas seleções.
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Prisão e apreensão de computadores
Aspirante a médico no Exército Brasileiro, segundo o portal Metrópoles, Schmidt foi preso em sua residência, no município de Passo Fundo. Em seus equipamentos eletrônicos, ele armazenava imagens de sexo envolvendo crianças e adolescentes.
O médico gaúcho nascido em Igrejinha entrou na mira da PF após um alerta da polícia de Ontário, no Canadá. Ele fazia residência em pediatria no Hospital de Clínicas de Passo Fundo por meio da Universidade Federal da Fronteira (UFSS). Antes de se mudar para Passo Fundo, ele morou em Uruguaiana. A PF identificou que o conteúdo pornográfico partia de Uruguaiana.
Advogado diz que ainda não teve acesso às investigações
A reportagem da Rádio Taquara conversou com o advogado Gilvan Hansen Júnior, que defende o médico. Conforme o advogado, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do médico e apreendeou computadores e tablets do investigado e o prendeu em flagrante. A prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva pela Justiça.
Depois de preso, Schmidt foi transferido para o Presídio Regional de Passo Fundo. O advogado disse que iria ingressar com um habeas corpus para que o médico responda ao inquérito em liberdade. Sobre o mérito da acusação, Hansen disse que não poderia falar porque ainda não tinha obtido acesso ao conteúdo integral da investigação, que tramita em sigilo.
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