Paralelo 29

Forças políticas de PE entram na briga para não perder Escola de Sargentos para Santa Maria

Exército vistoriou área em Santa Maria/Foto: Ariéli Ziegler, SEC, PMSM

Construção de complexo educacional em Recife esbarra em questões ambientais

Governadora Raquel Lyra sobrevoou área que gerou impasse ambiental à ESA

Em um vídeo divulgado nesta terça-feira (28) nas redes sociais do governo de Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSDB) entra na briga para manter o projeto de construção da nova Escola de de Sargentos das Armas (ESA) no Estado.

Ela soma-se a forças políticas que temem perder o investimento de R$ 1,7 bilhão para o Rio Grande do Sul, mas especificamente Santa Maria, que ficou como segunda opção quando o Exército anunciou que o empreendimento iria para Recife, em outubro do ano passado.

“A Escola de Sargentos do Exército é uma ótima oportunidade para o desenvolvimento econômico associado a ação social e a sustentabilidade ambiental aqui em Pernambuco!”, diz a governadora.

Santa Maria reforça disputa por Escola de Sargentos

Governadora sobrevoa área

Raquel Lyra sobrevoou a área prevista para a construção do complexo e disse que conversou com militares e a equipe da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

“Conversei sobre a construção do empreendimento e expressei a minha animação com a instalação do empreendimento em nosso estado. O Grupo de Trabalho criado pela nossa gestão segue ouvindo todos os atores interessados e alinhando convergências para que em 2032 a Escola de Sargentos do Exército já esteja em pleno funcionamento. Vamos simbora!”, diz a governadora.

A construção da ESA em Recife esbarra em questões ambientais. Não é a primeira vez que especula-se a possibilidade de o investimento ser transferido para Santa Maria.

Aposta na Escola de Sargentos

“Santa Maria não desistiu da ESA”, diz prefeito

Procurado pelo paralelo29.com.br, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) reiterou que Santa Maria ainda trabalha com a possibilidade de conquistar esse investimento. Quando as cidades estavam se candidatando, Pozzobom correu para aprovar projetos de incentivo à ESA na Câmara de Vereadores.

“Santa Maria não desistiu da ESA”, disse o prefeito de Santa Maria ao site paralelo29.com.br, ressaltando que está acompanhando o impasse em Recife.

Exclusivo: Santa Maria poderá entrar de novo na disputa pela ESA

Assembleia Legislativa de Pernambuco debateu impasse

Confira a audiência pública que discutiu impasse ambiental da ESA na Assembleia Legislativa de PE

Nessa segunda-feira (26), deputados estaduais da Frente Parlamentar da ESA promoveram uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alespe) para debater soluções para o impasse ambiental que pode estar tirando a Escola de Sargentos de Recife.

A proposta atual prevê a construção do empreendimento em uma área de 146 hectares no Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti (CMNIC), que pertence às Forças Armas.

O campo fica localizado dentro da Área de Proteção Ambiental (APA) Aldeia-Beberibe. Ambientalistas questionam o impacto que a ESA provocaria nessa área. Uma das lideranças, Herbert Tejo, presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, defende o remanejamento das construções.

Segundo essa proposta, Escola, Batalhão de Comando e Serviço e duas vilas militares seriam deslocados para espaços já desmatados e planos dentro da área do Campo de Instrução ou em regiões vizinhas.

Para trazer a ESA, Santa Maria promete campo de instrução em Itaara

O que dizem o governo e o Exército

Vídeo institucional do Exército explica como é o projeto em Pernambuco

Representantes do governo pernambucano, como a secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luiza Ferreira, afirmaram que o Estado não abrirá mão da preservação nem da ESA.

O general Joarez Pereira Júnior, gerente do projeto da ESA, reafirmou que o Exército precisa ter garantias. Uma delas é que a ESA esteja próximo de uma cidade de médio ou grande porte que já tenha instituições do Exército para dar suporte à escola, a exemplo do Hospital Militar do Recife.

“O que não pode é alguém ter que se deslocar 70 km da Escola, ou seja, 140 km com a ida e volta, para vir numa consulta médica”, exemplificou.

(Com informações da Assembleia Legislativa de Pernambuco)

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