Crime ocorreu em 10 de fevereiro durante um trabalho religioso
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou, nesta quarta-feira (6), quatro pessoas pela morte de uma mulher de 58 anos em 10 de fevereiro deste ano, em um cemitério de Formigueiro.
Se a Justiça receber a denúncia, os quatro irão responder por homicídio qualificado. A vítima é Zilda Correa Bitencourt, que segundo familiares, sofria com um “espírito obsessor”.
Segundo o MP, Zilda foi morta durante o ritual realizado em vários locais, mas que terminou em um cemitério no interior de Formigueiro, na Região Central, próximo a Santa Maria. Os quatro investigados estão presos preventivamente. O MP não divulgou nomes.
Ritual de “cura” que acabou em morte em cemitério de Formigueiro intriga a Polícia
O promotor de Justiça Fernando Mello Müller, responsável pela denúncia oferecida ao Poder Judiciário, diz que as qualificadoras são motivo torpe, emprego de asfixia, mediante tortura, praticado à traição e com recurso que dificultou a defesa da vítima.
Promotor pede indenização de R$ 300 mil
Ainda segundo o MPRS, durante o ritual de cura, a mulher chegou a ser crucificada. Por fim, o promotor solicitou uma indenização de R$ 300 mil para a família dela.
“O crime praticado pelos quatro réus foi estarrecedor, com requintes de crueldade extrema, brutalidade dificilmente vista. Foi um delito que provocou grande repercussão e comoção social, não só em Formigueiro, mas também nas demais cidades da região e em todo o Estado. Portanto, o MPRS apresentou o caso ao Poder Judiciário, por meio da denúncia e aguarda a tramitação judicial até final do julgamento e condenação pelo Tribunal do Júri”.
(Com informações do MPRS)