Paralelo 29

VÍDEO: Suplente presa em 8 de janeiro assume como vereadora em São Martinho da Serra

Alice, de azul, jurando cumprir a Constituição/Foto: Reprodução, Facebook

Alice Terezinha Costa da Costa, do União Brasil, jurou cumprir a Constituição

JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29

Presa por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, a suplente de vereadora Alice Terezinha Costa da Costa (União Brasil) assumiu nesta segunda-feira (18) no lugar de Adilson Machado Alves (União Brasil). Ela é ré no STF por tentativa de golpe de estado e abolição do estado democrático de direito, entre outras acusações.

Por sua vez, Adilson substituiu a vereadora Maria Cristina Toaldo (União Brasil). Na sessão de posse, Alice Terezinha jurou cumprir a Constituição Federal.

Ex-líder comunitária, Alice Terezinha morou anos em Santa Maria, onde presidiu a Associação de Moradores das Vilas Bela União, Jordânia e Portão Branco, na zona Norte da cidade.

Depois, ela se mudou para São Martinho da Serra, onde ingressou na política local. Ela concorreu duas vezes à Câmara de Vereadores. Em 2020, Alice conseguiu 38 votos, concorrendo pelo antigo Democratas (DEM), sigla que se uniu ao PSL e que deu origem ao União Brasil.

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Presa por dois meses

Alice concorreu a vereadora duas vezes na cidade/Foto: Câmara de Vereadores de São Martinho da Serra

Seguidora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), desde 2018, Alice é uma das 54 presas pelos atos golpistas de 8 de janeiro que já se candidataram a cargo político. Antes de ir à Brasília, Alice era cargo de confiança (CC) na Prefeitura de São Martinho da Serra. Depois, ela foi exonerada.

A suplente de vereadora ficou presa de 8 de janeiro a 8 de março de 2023, na penitenciária da Colmeia, no Distrito Federal, quando foi soltada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma decisão que beneficiou 149 mulheres encarceradas na ocasião, entre elas quatro moradoras de Santa Maria e cidades da região.

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Tornozeleira

Na época, uma das condições impostas às presas para receberem a liberdade foi o uso de tornozeleira eletrônica. Ela é quarta suplente e assumiu com aval da assessoria jurídica da Casa. No entanto, o vereador Elio Martim Guterres (PT), questiona.

“No meu ponto de vista ela não poderia assumir, mas segundo a assessoria jurídica, é legal. Eu confesso que fiquei surpreso porque a dona Alice é a quarta suplente do União. Poderia ter assumido outro suplente”, pondera Guterres.

O presidente da Câmara de São Martinho da Serra, Pedro Fernando Iensen (PP), disse que conversou com o assessor jurídico da Casa para saber se Alice poderia ser empossada.

Como Alice ainda não foi julgada, o entendimento da assessoria é que ela pode assumir. O clima de constrangimento na Casa existe pelo fato de Alice estar usando a tornozeleira.

O Paralelo 29 ainda não conseguiu contato com Alice. O espaço está aberto se a vereadora quiser se manifestar sobre sua situação.

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