JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
Um jovem morador de Santa Maria é investigado por vender vídeos e fotos envolvendo atos sexuais com crianças, adolescentes e adultos. Ele vendia o material pornográfico em sites na internet. Estima-se que ele tenha feito cerca de 150 vítimas, todas do sexo masculino.
Familiares de vítimas procuraram o Paralelo 29 para denunciar o esquema. A mãe de um adolescente, cuja identidade é preservada, contou à reportagem que o filho dela, um menino de 13 anos, foi uma das vítimas do pedófilo, que está preso em Santa Maria.
O caso terá a primeira audiência na tarde desta sexta-feira (26), na Justiça Estadual de Santa Maria. O acusado, que foi alvo de denúncia na Delegacia de Polícia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), está preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) desde 5 de março. Ele tem 23 anos e responde por estupro de vulnerável.
A audiência desta sexta envolveu um dos processos em que três adolescentes são vítimas: um menino de 13 anos, outros de 16 e um de 18, que tinha 17 anos quando foi aliciado. Nessa audiência, em princípio, serão ouvidos os adolescentes, policias e outra testemunhas. Depois, o acusado será interrogado.
Uma outra audiência – em outro processo – está prevista para 21 de maio, também na Justiça Estadual de Santa Maria. Nesse caso, o jove é acusado de vender e divulgar coneúdos pornográficos com cenas de estupro, sexo ou pornografia. São 146 vítimas, ao menos.
Caso foi denunciado à Polícia em dezembro
Conforme uma das fontes contou ao Paralelo 29, a denúncia contra o pedófilo foi feita à DPCA em 28 de dezembro do ano passado.
Em 9 de janeiro deste ano, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito e apreenderam farto material com HDs, pendrives e computadores. Em 5 de março, o acusado foi preso a pedido da DPCA. O Paralelo 29 confirmou que o investigado está na Pesm.
Entre as vítimas estão 36 militares, civis e 10 menores. O homem aliciava suas vítimas para sexo, registrava as cenas de relações sexuais em vídeos e fotos e as oferecia em uma conta no X (antigo Twitter).
O material era vendido em plataformas de conteúdo adulto como Privacy e Onflyfans e também no Telegram a preços que variam de R$ 25 a R$ 290. Ao menos 90 vídeos e 70 fotos de conteúdo sexual foram identificadas.
O Paralelo 29 não divulga o nome do suspeito preso pelo fato de as investigações estarem sob sigilo e para não identificar vítimas.