Paralelo 29

SANTA MARIA: Prefeitura confirma duas mortes após deslizamento de terra, mas Delegacia de Homicídios só confirma uma

Foto: Marcelo Oliveira, SEC, PMSM

Enxurrada fez parte do Morro do Cechella desmoronar no início da tarde; Prefeitura diz que mãe e filha morreram

A Prefeitura de Santa Maria confirmou as mortes de mãe e filha no deslizamento de terra que soterrou casas no Morro do Cechella, no limite entre os bairros Itararé e Campestre do Menino Deus no início da tarde desta quarta-feira (1º).

No entanto, o delegado Marcelo Mendes Arigony, titular da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), confirmou apenas a morte de Emily Ulguin da Rocha, de 17 anos. A mãe de Emily, Liane Ulguin da Rocha, de 45 anos, não foi localizado, conforme o delegado.

“Havia quatro pessoas na casa. Duas conseguiram sair. O corpo da moça de 17 anos já foi encontrado e o da mãe ainda não. Não temos o corpo encontrado e nem ocorrência de óbito”, disse Arigony, ressaltando que as buscas foram suspensas às 18h.

A Delegacia de Homicídios trata o caso de Liane como desaparecimento. As buscas deverão ser retomadas assim que as condições permitirem.

O deslizamento

O local onde ocorreu o desmoronamento é uma área de risco, na encosta de morro. Depois do deslizamento, a Defesa Civil evacuou a regiao, levando moradores para abrigo.

O desmoronamento ocorreu por volta das 14h15min,atingindo ao menos tres residencias na Vila Canário, que fica no Itararé. Além das duas mortes, outras duas pessoas ficaram feridas.

Emily era líder de turma na escola

Escola Walter Jobim, onde Emily estudava, divulgou nota de pesar/Reprodução

A Escola Estadual Walter Jobim, onde Emily estudava, divulgou nota de pesar. Ela era estudante da turma 301. A escola decretou luto e suspendeu as aulas nesta quinta (2) e sexta (3).

“No momento não há palavras para descrever o sentimento de dor de todos integrantes da nossa comunidade escolar!, diz a nota, que descreve Emily como uma “aluna amáel, inteligente e brilhante”. A menina cursava o último ano do Ensino Médio e era a líder da turma.

“Extremamente responsável e dedicada. Já sonhava com o seu futuro. Infelizmente toda essa tragédia climática ceifou a sua vida e ela partiu juntamente com a sua mãe Liane Ulguin da Rocha. Para nós fica a lembrança de seu lindo sorriso e sua linda voz. Vamos nos lembrar daquela menina linda que estudou na nossa escola desde o primeiro ano”, diz a nota da escola.

Oficialmente, há três mortes na Região Central. As duas primeiras ocorreram na terça-feira (30), em Itaara e em Santa Maria, no limite com Silveira Martins.

Moradores foram retirados e levados a abrigo

Liane, a mãe, de 45 anos, não foi localizada, segundo a Delegacia de Homicídios/Foto: Reprodução, Facebook

Segundo a Prefeitura, até por volta das 16h30min, toda a área do entorno do deslizamento foi evacuada, ou seja, os moradores foram orientados a deixarem suas residências, uma vez que há possibilidade de novos deslizamentos. A evacuação foi feita com apoio de representantes da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária.

Os moradores que tiveram de deixar suas casas foram encaminhados pela Prefeitura para o salão da Igreja Santa Catarina, nas proximidades da região. Ao menos 10 pessoas que moram na Vila Canário estão no local.

Conforme a Defesa Civil, houve o desprendimento de pedra no topo do morro, que arrastou árvores e demais pedras. Equipes chegaram a iniciar o trabalho manual de resgate, à procura por possíveis novas vítimas. Porém, segundo o delegado Marcelo Arigony, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP), as buscas foram suspensas devido às condiçoes do local.

Para o resgate, a Prefeitura disponibilizou maquinários para a retirada dos entulhos e a consequente busca por vítimas.

Áreas de risco

A Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária, junto com a Defesa Civil, já monitorava a região do Morro do Cechella, que é considerada de risco devido às construções ao pé do morro.

O mesmo ocorre aos moradores da Vila Nossa Senhora Aparecida, conhecida como Vila Churupa, também no Bairro Itararé, onde os moradores estão sendo avisados sobre o risco de permanecerem nas residências. Ao menos 10 pessoas daquela região também foram levadas ao salão da Igreja Santa Catarina.

Doações

Na frente da Igreja Santa Catarina, há espaço para doação de roupas. Dentro, já estão sendo montadas camas e preparados alimentos aos desalojados.

(Com informações de Leon de Paula e Manuela Vasconcellos – Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Santa Maria)

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