Na semana do primeiro turno, levantamentos foram registrados em nome de institutos
Às vésperas do primeiro turno, quatro institutos registraram pesquisas eleitorais de intenção de voto para a Prefeitura de Santa Maria. Os levantamentos foram registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conforme determina a legislação, para fins de divulgação.
Até então, as únicas pesquisas existentes foram contratadas por partidos e coligações e circularam em nível interno, já que a lei impede a publicação de levantamentos não registrados.
Dessa forma, os dados servem apenas para que os candidatos avaliem seu desepenho junto do eleitorado e definam suas estratégias de campanha.
Agora, em tese, as pesquisas podem se tornar públicas. Os valores das pesquisas variam de R$ 20 mil a R$ 32 mil. Um dos institutos, o Studio, já fez pesquisas em eleições anteriores em Santa Maria. A empresa pesquisou para o extinto jornal A Razão nas eleições de 1996, 2000 e 2004.
Confira os valores, quem contratou os levantamentos e as datas previstas para divulgação, conforme registrado na Justiça Eleitoral.
VALORES E DATAS DE DIVULGAÇÃO
IGAPE – Custou R$ 20 mil e tem previsão de divulgação na quarta-feira, 2 de outubro. Consta que a contratante é a candidata do PL, Roberta Leitão
AMOSTRA – Custou R$ 32 mil e tem previsão de divulgação na quinta-feira, 3 de outubro. Consta que o contratante é o próprio instituto
VERITA – Custou R$ 32 mil e tem previsão de divulgação na quinta-feira, 3 de outubro. Consta que o contratante é o próprio instituto
STUDIO – Custou R$ 25 mil e tem previsão de divulgação na sexta-feira, 4 de outubro. Consta que o contratante é o próprio instituto
Advogado pretende impedir divulgação
O advogado Robson Zinn, que advoga para a coligação Novo-MDB-Avante, disse ao Paralelo 29 que pretende impedir, judicialmente, a divulgação de algumas das pesquisas registradas.
O primeiro alvo do advogado foi a pesquisa do Instituto Gaúcho de Pesquisas de Opinião (IGAPE), também registrado em nome de Eva Franciele de Souza Pereira.
Esse instituto, segundo Zinn, já teve problemas e responde a oito processos por respeitar as técnicas estatísticas. A ação sustenta que a empresa não tem credibilidade.
No pedido à Justiça Eleitoral, a coligação do candidato Giuseppe Riesgo (Novo) questiona, entre outros pontos, irregularidade no questionário aplicado e erro do plano amostral na pesquisa do IGAPE. A ação é contra o instituto e contra a coligação PL-Podemos.
O advogado também deverá protocolar, ainda neste domingo (29), uma ação contra a pesquisa do instituto Amostra, que aparece como o contratante da própria sondagem.
Em relação aos demais institutos, Zinn disse que ainda não analisou os pedidos para ver se também vai pleitear a impugnação. Por fim, o advogado da coligação de Riesgo garante que os partidos que apoiam essa candidatura não encomendaram pesquisas.
Vice de Roberta Leitão, Marcelino Severo (Podemos) comentou que a coligação decidiu encomendar uma pesquisa e que “não tem medo” de dizer que contratou o levantamento.