O atual vice-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Schuch, é o nome apontado por professores, servidores e estudantes para assumir a Reitoria da instituição na próxima gestão. Schuch foi o mais votado na pesquisa de opinião realizada nessa quinta-feira (24).
A comissão eleitoral divulgou o resultado ainda na noite de quinta, com 3.087 votos para o atual vice-reitor.
A professora Cristina Nogueira obteve 1.658 votos, enquanto Martha Adaime ficou com 1.214.
Chama a atenção o fato de que Martha venceu Cristina em dois segmentos – professores e servidores técnico-administrativos (TAEs).
Contudo, a votação dos estudantes colocou Cristina Nogueira como a segunda colocada no resultado final da pesquisa opinião.
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COMO FOI A PESQUISA DE OPINIÃO
Urna docentes
- Luciano Schuch – 848
- Martha Adaime – 315
- Cristina Nogueira – 231
- Brancos – 52
- Nulos – 62
Urna TAEs
- Luciano Schuch – 600
- Martha Adaime – 293
- Cristina Nogueira – 138
- Brancos – 43
- Nulos – 40
Urna estudantes
- Luciano Schuch – 1639
- Martha Adaime – 606
- Cristina Nogueira – 1289
- Brancos – 156
- Nulos – 121
RESULTADO FINAL
- Luciano Schuch – 3.087
- Cristina Nogueira – 1.658
- Martha Adaime – 1.214
Total de votantes: 6.433
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Era uma mesma chapa
Os três professores inscreveram chapa única, porém a Justiça Federal de Santa Maria, ao julgar pedidos em ações que pretendiam anular a consulta, decidiu que os eleitores não poderiam votar na chapa, mas sim optar por um dos três integrantes da nominata inscrita.
Ou seja, a Justiça determinou que o voto fosse uninominal e não na composição que reunia Schuch, Martha e Cristina.
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Brancos, nulos e boicote
A votação teve, ainda, 251 votos brancos e 223 nulos. Além disso, houve boicote de parte de setores da comunidade universitária.
A Associação dos Servidores da UFSM (Assufsm) manifestou publicamente sua orientação para que os técnicos-administrativos não votassem na pesquisa de opinião por falta de diálogo no decorrer do processo.
Palavra final do presidente
Os nomes de Schuch, Marta e Cristina, que formaram a chapa Voe, deverão passar, agora, pelo crivo dos conselhos superiores da UFSM.
Caberá aos conselheiros a montagem de uma lista com três nomes a ser encaminhada ao governo federal, já que a palavra final será do presidente.
Com base nessa lista tríplice, o governo Jair Bolsonaro escolherá um dos nomes, independentemente de ser ou não o primeiro colocado na pesquisa de opinião feita junto à UFSM.
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Nova gestão encerrará ciclo
A pesquisa de opinião equivale a uma eleição na comunidade universitária para definir quem assumirá o posto hoje ocupado pelo professor Paulo Burmann nos próximos quatro anos.
O futuro reitor ou reitora encerrará uma gestão de oito anos de Burmann à frente da Reitoria da UFSM, já que ele foi reeleito em 2017.
Como não se trata exatamente de uma eleição – já que os nomes sempre são submetidos ao crivo do governo federal – esse processo é conhecido como consulta. Neste ano, foi rebatizado como pesquisa de opinião.
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Sucessão foi parar na Justiça
Desde que a UFSM começou a escolher seus reitores, na metade dos anos 1980, ainda no século passado, a consulta deste ano foi uma das mais conturbadas, a começar pela judicialização do pleito.
A Justiça Federal de Santa Maria recebeu duas ações questionando o processo eleitoral e pedindo sua anulação.
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Mais peso no voto dos professores
Mesmo tendo mantido a pesquisa de opinião, a Justiça Federal imprimiu mudanças significativas no processo, ao determinar, por exemplo, o fim da igualdade de voto entre os três segmentos.
A chamada paridade era defendida como uma conquista histórica pelos sindicatos de docentes e servidores e pelo movimento estudantil, sobretudo pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Conforme decisão do juiz substituto da 3ª Vara Federal de Santa Maria, Rafael Tadeu Rocha da Silva, o voto dos professores passou a ter o peso de 70% na pesquisa deste ano, enquanto que servidores e estudantes ficaram com peso de 15%, cada um.