Paralelo 29

Morre no Rio de Janeiro o carnavalesco Mario Borrielo

Foto: Reprodução

Formado em Belas Artes, ele passou por várias escolas de samba do Rio de Janeiro

O corpo do carnavalesco Mário Borrielo foi velado e sepultado neste domingo (12) no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio.

Ele morreu no sábado (11), aos 77 anos, no Hospital Casa Rio Botafogo, na zona sul da cidade. O companheiro dele, Jefferson Borrielo, disse à Agência Brasil, que a causa da morte do marido foi infecção generalizada. Há dois anos ele lutava contra uma leucemia.

“Ele estava internado para tratamento de umas escaras e daí contraiu uma infecção que foi se agravando, se agravando. Os rins pararam, começou a fazer hemodiálise e dessa hemodiálise veio a óbito”, revelou.

Em seu perfil do Twitter, a agremiação Salgueiro prestou homenagem ao carnavalesco que conquistou um campeonato para a escola em 1993 com o enredo Peguei um Ita no Norte e ainda ganhou o prêmio de melhor enredo naquele ano no Estandarte de Ouro.

“A maior homenagem para um artista é o aplauso e hoje, queremos que vocês reverenciem Mário Borriello, artista plástico, salgueirense e carnavalesco que nos provocou uma das imagens mais lindas e inesquecíveis nestes 70 anos: o desfile de 1993. O Salgueiro contagiou e sacudiu a Sapucaí com o Ita de Borriello. Nossa despedida será repleta de gratidão e amor”, postou a vermelha e branco da Tijuca.

Carreira

Formado em belas artes e desenho industrial, a carreira de Mário passou também pelas escolas de samba Estácio de Sá, com o enredo Uma Vez Flamengo, em homenagem ao centenário do rubro negro carioca.

De volta ao Salgueiro, ficou a frente dos enredos de 1997 com De Poeta, Carnavalesco e Louco, Todo Mundo Tem Um Pouco e em e 1998 com Parintins, A Ilha do Boi-Bumbá: Garantido X Caprichoso, Caprichoso X Garantido.

Em 1999 foi para o Império Serrano com o enredo Uma rua chamada Brasil. No ano seguinte criou o enredo Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores – O impulso criativo das artes,  em resposta à opressão do regime militar instalado com a Revolução de 64, na União da Ilha.

A partir de 2002 esteve novamente no Império Serrano e na sequência na Porto da Pedra e na Tradição. Borrielo participou ainda e foi premiado em desfiles de fantasias de luxo no Rio de Janeiro e em São Paulo. (Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro)

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