Movimentos também pedirão mudanças no Carf e saída do presidente do BC
Centrais sindicais, entre elas a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos populares irão às ruas do país nesta terça-feira (21) para reivindicar a queda da taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 13,75% ao ano. O protesto está previsto para ser realizado em pelo menos 10 capitais, incluindo Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador.
A manifestação dos sindicatos e movimentos sociais também vai pedir a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).
ONDE HAVERÁ PROTESTO
Os atos serão realizados em frente às sedes do Banco Central de cada cidade do país. Nas cidades onde não há sede do BC, os protestos acontecerão em locais de grande movimento:
- Belém/PA: Boulevard Castilhos França, 708 – Campina, às 9h
- Belo Horizonte/MG: Av. Álvares Cabral, 1605 – Santo Agostinho, às 10h
- Brasília/DF: Setor Bancário Sul (SBS), Quadra 3, Bloco B, Edifício Sede do BC, às 12h30min.
- Curitiba/PR: Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro Cívico, às 11h
- Fortaleza/CE: Av. Heráclito Graça, 273 – Centro, às 9h
- Porto Alegre/RS: Rua 7 de Setembro, 586 – Centro, ao meio-dia
- Rio de Janeiro/RJ: Av. Presidente Vargas, 730 – Centro, às 11h
- Recife/PE: Rua da Aurora, 1259 – Santo Amaro, às 9h
- Salvador/BA: 1ª avenida, 160 – Centro Administrativo da Bahia (CAB), às 9h
- São Paulo/SP: Av. Paulista, 1804 – Bela Vista, às 10h
Mobilização vai pedir saída do presidente do BC
A mobilização nacional também vai pedir a saída do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)>
Sindicalistas e representantes das centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, CSB, NCST, CSP Conlutas, Intersindical, A Pública e os movimentos Povo Sem Medo e Frente Brasil Popular ressaltam que a alta taxa de juros paralisa a economia e impede o país de crescer, gerar emprego, distribuir renda e facilitar o acesso ao crédito.
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O presidente da CUT, Sérgio Nobre, defende a participação da sociedade nos atos em cidades que tenham sede do Banco Central.
“Menos juros é mais investimento, mais emprego, mais saúde, mais educação. Menos juros é melhoria na vida dos brasileiros. Participe, pois discutir a economia do nosso país é importante para o trabalhador. manifeste-se também!”, convoca Nobre.
Participação popular
De acordo com a CUT, A manifestação também defende a democratização do Carf “com participação popular para reduzir a sonegação de empresas e aplicar os recursos em investimentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura e programas sociais, como o Bolsa Família”.
O Carf é um órgão composto por representantes do governo federal, empresariado e trabalhadores. Seu papel é julgar os processos administrativos referentes a impostos, tributos e contribuições, inclusive da área aduaneira (importação e exportação).
Conforme a CUT, até 2020, em caso de empate em algum julgamento, havia o chamado “voto de qualidade”, proferido por conselheiros representantes da Fazenda Nacional, na qualidade de presidentes das Turmas e das Câmaras de Recursos Fiscais.