Maria Janete Ribeiro de Almeida está na lista de 250 ativistas acusados de golpistas que começará a ser analisada na Corte para abertura de processo
A bolsonarista Maria Janete Ribeiro de Almeida, de 49 anos, que teria organizado a execursão que partiu de Santa Maria para manifestações de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 8 de janeiro deste ano, em Brasília, está na lista de 250 pessoas denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que o Supremo Tribunal Federal (STF) começará a julgar na próxima terça-feira (16).
A santa-mariense integra o quinto bloco de denúncias submetidas ao colegiado, somando 1.050, até o momento. A análise das denúncias da PGR desse bloco ocorrerá até as 23h59min de 22 de maio. Neste link, estão todos os nomes dos 250.
Até o momento, a Corte tornou réus 550 investigados. Entre eles estão pelo menos sete pessoas de Santa Maria e municípios da Região Central que estavam em Brasília no dia 8 de janeiro.
Desde quarta-feira (10), o STF está julgando 250 integrantes do quarto bloco, que não tem nenhum santa-mariense ou morador da região. Pela tendência até agora, as denúncias contra Maria Janete e outros 249 integrantes do quinto bloco também serão aceitas pelos ministros da Corte.
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MORADORES DE SANTA MARIA E REGIÃO QUE JÁ SÃO RÉUS
- Alice Terezinha Costa da Costa, 52 anos, suplente de vereadora pelo União Brasil em São Martinho da Serra
- Eduardo Zeferino Englert, empresário, 41 anos, de Santa Maria
- Holvery Rodrigues Bonilha, tenente da reserva da Brigada Militar, de Santa Maria
- Lucas Schwengber Wulf, arquiteto, 35 anos, nascido em Santiago, morador de Três Passos
- Ivett Maria Keller, 57 anos, empresária de Santa Maria
- Silvio da Rocha Silveira, advogado de Santa Maria
- Tatiane da Silva Marques, empresária, 41 anos, de Santa Maria
ATIVISTAS DA REGIÃO QUE AINDA AGUARDAM DECISÃO DO STF
- Elizandra dos Santos Rodrigues, de Santa Maria (ainda sem data de julgamento da denúncia)
- Jairo Machado Baccin, 50 anos, professor de Hebraico e morador de Jaguari (ainda sem data de julgamento da denúncia)
- Maria Janete Ribeiro de Almeida, 49 anos, de Santa Maria (julgamento da denúncia em andamento)
- Sonia Maria Streb da Silva, 54 anos, de São Pedro do Sul (ainda sem data de julgamento da denúncia)
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Julgamento das acusações será em outra fase
Se as denúncias forem recebidas, serão instauradas ações penais, e os denunciados se tornarão réus. Os processos, então, terão seguimento com a fase de coleta de provas, que inclui os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação.
Depois, o STF julgará se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo específico para ocorrer. Todos os integrantes dessa quinta lista são acusados de crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e incitação ao crime.
Acusações envolvem invasões de prédios públicos
Em 8 de janeiro deste ano, manifestantes bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio da Alvorada em protesto contra a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais.
Acampados em frente a quartéis do Exército em todo o país, os bolsonaristas contestavam o resultado das urnas eletrônicas e defendiam uma intervenção das Forças Armadas para derrubar o presidente eleito em dois turnos, nas eleições de 2022.
Em Brasília, uma multidão partiu do acampamento em frente ao Quartel General do Exército rumo às sedes dos Três Poderes. Alguns foram presos depois, no acampamento.
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Ativista foi solta após dois meses de cadeia
Conforme apurou o Paralelo 29, Maria Janete teria organizado a execursão que levou bolsonaristas de Santa Maria para a capital federal. Um conhecido dela e companheiro de manifestações disse ao Paralelo 29 que “ela se expõe demais”.
A bolsonarista chegou a ser presa na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Ela foi solta em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, dois meses depois das prisões em massa de manifestantes por conta de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Como condição para aguardar o julgamento em liberdade, Maria Janete e outros bolsonaristas presos são obrigados a usar tornozeleria eletrônica e a se apresentar semanalmente à Justiça, entre outras medidas.
(Com informações do STF e da Agência Brasil)
