Paralelo 29

UFSM cai 17 posições em ranking mundial de universidades; nenhuma brasileira está no Top 100

Foto: Divulgação UFSM

Lista mostra 22 instituições brasileiras entre as mil melhores; UFSM aparece na posição 1.046, mas permanece entre as 25 melhores do Brasil

A Universidade Federal de Santa Maria caiu 17 posições no ranking World University (CWUR), que traz a lista das 20.531 instituições de ensino superior mais importantes de todo o mundo. No ranking de 2023, divulgado nesta segunda-feira (15), a UFSM aparece na posição 1.043. No ranking do ano passado, a UFSM aparecia na posição 1.026.

Apesar disso, a UFSM mantêm-se na 25ª posição no ranking nacional do mesmo levantamento. A posição foi bem melhor em 2019. Naquele ano, a UFSM foi a 23ª no ranking nacional e apareceu na posição 1.029 em nível global.

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) aparece na posição 961 do ranking deste ano e ocupa a 19ª posição entre as instituições brasileiras.

Nenhuma brasileira entre as 100 melhores

No levantamento deste ano, nenhuma universidade estadual ou federal brasileira está no top 100. A lista mostra as 22 instituições nacionais entre as mil melhores.

O levantamento leva em conta quatro áreas para fazer a classificação: o sucesso acadêmico de ex-alunos, empregabilidade, distinções do corpo docente e pesquisas realizadas.

No ranking, as primeiras colocações são de instituições estadunidenses: a Universidade de Harvard, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e a Universidade de Stanford. Aliás, nas 10 melhores posições estão oito instituições estadunidenses e duas inglesas.

Entre as brasileiras, a melhor colocação (109ª) ficou com a Universidade de São Paulo (USP). No ano passado, a estadual havia ficado quatro posições na frente. A segunda brasileira é também de São Paulo, a Universidade de Campinas (Unicamp) (que era a 347ª, subiu para a 344ª posição).

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, a terceira posição entre as nacionais e a que tem melhor colocação entre as federais) caiu da 360ª posição para 376ª.

A Estadual de São Paulo (Unesp) também desceu no ranking (era a 421ª e foi para 424ª). A Federal do Rio Grande do Sul subiu da posição 474 para 467.

Recomposição do orçamento

A respeito do resultado do levantamento, o Ministério da Educação (MEC) informou à Agência Brasil que o trabalho atual é de recomposição do orçamento da pasta, que sofreu perdas no governo anterior e atua para diminuir os efeitos da pandemia que atingiu todas as dimensões do ensino no país.

O MEC ainda acrescentou que todas as ações implementadas têm como finalidade ampliar as oportunidades de acesso e permanência dos jovens na educação superior.

“Neste ano, já foram anunciados R$ 2,44 bilhões em investimentos para fortalecer a educação superior e o ensino profissional e tecnológico público no país, recuperando a tendência de cortes e contingenciamentos dos últimos anos”.

O TOP 10

Confira as 10 melhores universidades do mundo, segundo o ranking:

1 – Universidade Harvard (EUA)

2 – Instituto Tecnológico de Massachusetts (EUA)

3 – Universidade de Stanford (EUA)

4 – Universidade de Cambridge (Inglaterra)

5 – Universidade de Oxford (Inglaterra)

6 – Universidade de Princeton (EUA)

7 – Universidade de Chicago (EUA)

8 – Universidade de Columbia (EUA)

9 – Universidade da Pensilvânia (EUA)

10 – Universidade de Yale (EUA)

As 10 Melhores colocações entre as brasileiras:

109 – Universidade de São Paulo

344 – Universidade de Campinas

376 – Universidade Federal do Rio de Janeiro

424 – Universidade Estadual de São Paulo

467 – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

503 – Universidade Federal de Minas Gerais

582 – Universidade Federal de São Paulo

696 – Universidade Estadual do Rio de Janeiro

698 – Fundação Oswaldo Cruz

718 – Universidade Federal de Santa Catarina

961 – Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), 19ª no ranking nacional

1.043 – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 25ª no ranking nacional

Avaliação

Para o pesquisador Fabrício Garcia, sócio-fundador da plataforma Qstione, o Brasil precisa aperfeiçoar os sistemas de avaliação do ensino superior.

“A avaliação é muito importante para que a gente tenha indicadores mais claros sobre o que tá acontecendo no ensino superior”.

Uma ferramenta que existe nesse momento é o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O problema, segundo enfatiza o professor, é que o universitário não tem sido estimulado a fazer uma boa prova.

“A responsabilidade, muitas vezes, fica apenas nas costas da instituição de ensino. Isso dificulta conhecer o que está bom e o que precisa melhorar”, diz.

(Com informações de Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil – Brasília)


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National Rank
25 EM 2022

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