ABDON BARRETTO FILHO – ECONOMISTA E MESTRE EM COMUNICAÇÃO SOCIAL
O fenômeno turístico é transversal e sistêmico. Pode integrar vários sistemas e realizar trocas com outras ciências e atividades. Para realizar o Diagnóstico do Destino Turístico é indispensável que seja pesquisado o Inventário dos aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços.
Em continuação, poderá ser estruturada a oferta turística, definindo quais os aspectos que são capazes de atraírem visitantes e de acordo com o desenvolvimento sustentável do núcleo receptor, principalmente a comunidade. Convém destacar que a cidade será boa para visitar se é boa para morar.
Algumas cidades, não estão preparadas para ingressarem no mercado do turismo e da hospitalidade. Outras cidades não querem o desenvolvimento sustentável através do fenômeno turístico, porque seus líderes políticos, comunitários e empresariais preferem outras opções.
Ainda existem cidades que possuem atrativos e faltam lideranças e investimentos para o desenvolvimento do fenômeno turístico. Outro destaque é a visão de curto prazo, assim como a ignorância pluralista que invalida as ações realizadas por interesses políticos, ideológicos e pessoais, não permitindo a continuidade do trabalho realizado.
Naturalmente, repetem planos, projetos de interesses dos neófitos políticos e burocratas deslumbrados com os cargos e funções que ocupam. Alguns esquecem as suas datas de validades profissionais definidas: próximas eleições.
Convém salientar que para estruturar a oferta turística é indispensável o somatório dos aspectos citados e, em sequência, delimitar o produto turístico para ser oferecido ao mercado.
Nós estamos em uma Economia de Mercado e a geração de emprego, renda, impostos e autoestima devem ser ampliados com os recursos deixados pelos visitantes que foram atraídos pelos atrativos culturais, religiosos, entre outros, fortalecendo o fenômeno turístico com planejamento e gestão competentes e profissionais.
Os exemplos estão disponíveis com Destinos, Rotas, Roteiros, no Brasil e no exterior que desenvolvem produtos turísticos há 20, 30, 40 anos ou mais, mantendo Políticas Públicas, Investimentos, Promoção e apoio à Comercialização para atraírem visitantes.
Sem Planejamento e Gestão podem gerar problemas (“over tourism”) e com a ciência aplicada pode-se alcançar uma série de índices de qualidade de vida. Os segmentos do Turismo Cultural e do Turismo Religioso são bons exemplos no Turismo Receptivo em todo o planeta.
É importante destacar que Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar são verbos profissionais que apoiam os verbos do fenômeno turístico: Transportar, Visitar, Comer, Entreter, Comprar e Dormir em outro local diferente da residência habitual.
Lembrando que a soberania do consumidor e as estratégias de comunicação integrada podem determinar os sucessos ou fracassos das iniciativas. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.