Paralelo 29

MARIONALDO: Eleições e a cidade que podemos ter

Praça Saldanha Marinho, janeiro de 2023/Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29

MARIONALDO DA COSTA FERREIRA – CONSULTOR PARA CIDADES INTELIGENTES

No próximo ano, teremos eleições municipais e possivelmente ouviremos várias críticas, promessas muitas vezes utópicas, um cenário de terra arrasada, dentre outras questões.

Contudo, o que é importante para o futuro é a definição da cidade e do modelo de desenvolvimento a ser buscado, bem como quais projetos e ações são pertinentes e factíveis para o crescimento econômico e melhores condições de vida para a população.

Neste contexto, os candidatos devem ter ciência de que irão contar com um cenário de restrição econômica, tanto em nível federal como estadual. Certamente isso vai exigir criatividade, responsabilidade, tenacidade e definição de uma agenda prioritária.

Não obstante a isso, alguns aspectos merecem destaque, tais como melhorias nas ruas e praças, maior sinergia com o setor de educação, visando otimizar este rico e importante capital humano; ações concretas visando melhorar urgentemente os serviços de saúde, os quais não estão atendendo em sua plenitude e como deveria ser.

Além disso, é fundamental uma política de atração de investimentos para a cidade; uma reforma administrativa, visando à racionalização, à maior eficiência e eficácia nos serviços e ações da prefeitura; o aperfeiçoamento das ações culturais e educacionais; ações objetivas e criteriosas de órgãos como vigilância sanitária e demais aparatos do governo municipal; ações propositivas visando a uma estratégia para a Metade Sul em conjunto com os Coredes e demais órgãos diretivos.

As propostas têm de deixar claro que não haverá qualquer tentativa de criação de novas taxas ou aumentos de impostos, visto que os indicadores econômicos e sociais mostram que boa parte da população não consegue arcar com suas despesas devido ao aumento da inadimplência e do endividamento das famílias. Sob hipótese alguma.

Enfim, em vez de promessas e ações muitas vezes bonitas, que corroboram para pomposos planos de governos, tais ações podem ser a base de um plano simples, mas estratégico para o desenvolvimento e que atenda às demandas da sociedade.

Não adianta os partidos terem o melhor nome se não souberem fazer e propor um projeto. Tapinha nas costas e saber o nome dos eleitores pode até parecer simpático, mas não vai resolver os problemas existentes em nossas cidades.

Precisamos aproveitar as eleições para conversar sobre que cidade temos e que cidade queremos. Por isso, um Projeto de Desenvolvimento Municipal dialogado com todos os setores é primordial e necessário.

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