Paralelo 29

ALESSANDRA: A geração restauração

Foto: José Araújo, Fotos Públicas
ALESSANDRA CAVALHEIRO – JORNALISTA

Depois de um maio que não vai deixar saudades para quase ninguém, chegamos ao mês de junho. Na quarta-feira, 5, será comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente.

A campanha oficial da data, este ano, está concentrada na restauração da terra, na atenção à desertificação e na resiliência à seca sob o slogan “Nossa terra. Nosso futuro.

Nós somos a #GeraçãoRestauração”. As comemorações globais deste ano serão sediadas no Reino da Arábia Saudita.

A data, estabelecida em 1972 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, tornou-se uma oportunidade para eventos e ações em todo o mundo.

Este ano, o foco é a regeneração do solo por muitas razões, especialmente porque, de acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, até 40% das terras do planeta estão degradadas, afetando diretamente metade da população mundial e ameaçando cerca de metade do PIB global (US$ 44 trilhões). 

Depois de todo o sofrimento com as águas no RS, é importante lembrar que tudo o que sobrou de água agora vai faltar logo ali, durante as secas. O número e a duração das secas aumentaram em 29% desde 2000 e, segundo o levantamento, sem uma ação urgente, as secas podem afetar mais de três quartos da população mundial até 2050.

Dados do programa para o Meio Ambiente dizem que, globalmente, mais de 2 bilhões de hectares de terra estão degradados – uma área quase do tamanho da Índia e da Federação Russa juntas.

Todos os anos, estima-se que 12 milhões de hectares de terra são perdidos devido à degradação, afetando o abastecimento de alimentos e de água em todo o mundo.  

55 milhões de pessoas são diretamente afetadas pelas secas todos os anos, tornando-as o perigo mais grave para o gado e as culturas em quase todas as partes do mundo.

Trazendo o tema do âmbito global para o local, precisamos agir de alguma forma, para que os impactos da seca não sejam tão arrasadores.

Ninguém está preparado para este novo normal do clima extremo, mas é vital consultar aqueles que podem colaborar com soluções e o planejamento na hora da reconstrução, sempre pensando em como enfrentar as piores possibilidades. A tarefa é coletiva, mas de cada um. 

Que essa data possa inspirar as pessoas na busca de todas as alternativas possíveis diante dos desequilíbrios que estamos enfrentando.

Ao mesmo tempo em que ocorre a destruição, surge a geração que vai promover a restauração da terra, para que o futuro seja viabilizado. E nós fazemos parte da chamada #geraçãorestauração. Bora lá!

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