Paralelo 29

PODCAST: “O judô é uma coisa que toma conta da gente”, diz Aglaia Pavani, professora e fundadora do Projeto Mãos Dadas

Arte/Estação 29

Judoca que começou aos 27 anos mantém projeto social em Santa Maria, iniciativa que revelou a atleta olímpica Maria Portela

JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29

Uma das mais graduadas professoras de judô do Rio Grande do Sul, a santa-mariense Aglaia Pavani começou a praticar a arte marcial japonesa quando tinha 27 anos. Na época, ela colocou o filho Luiz, então com 4 anos, no judô. Um dia, o sensei de Luiz a convidou para praticar judô.

Em 1996, Aglaia fundou o projeto Mãos Dadas, que leva o judô a comunidades vulneráveis de Santa Maria. A iniciativa ganhou notoriedade nacional e internacional por ter revelado a judoca Maria Portela, que participou de três Olimpíadas e que foi medalhista em Jogos Pan-Americanos.

“…(tudo começou com) um filho de quatro anos, superativo. Coloquei ele no judô e fiquei observando ele durante dois anos. Aí, um dia o professor olhou pra mim e me disse: vem treinar com a gente. E eu fui. Com 27 anos, eu comecei no judô”, conta Aglaia no podcast Estação 29.

A origem do Mãos Dadas remonta a 1996. Ao ver seu professor descartando tatames de palha, Aglaya achou interessante reaproveitar o material para montar um projeto voltado a crianças.

“Eu me apaixonei pelo judô e em um belo dia de sol, o professor resolveu botar para descarte um lote de tatame, desses do tempo do tatame de palha, que esfarinhava. E eu olhei e disse: Eu vou fazer um projeto em cima desses tatames”, recorda a sensei.

Projeto precisa de apoio

Atualmente, o Mãos Dadas conta com 750 alunos em 12 núcleos espalhados por Santa Maria. O projeto é uma iniciativa social, sem fins lucrativos. Além da ajuda da Prefeitura, via lei de incentivo ao esporte, o Mãos Dadas depende de outros apoios, sobretudo de pessoas e empresas.

Por isso, Aglaia pede a ajuda dos santa-marienses durante a declaração do Imposto de Renda. Qualquer pessoa ou empresa pode indicar o projeto e deduzir do Imposto de Renda. No podcast, a sensei explica como os interessados poderão ajudar o Mãos Dadas.

Filho mantém universidade do judô

O filho de Aglaia, ao qual ela atribui sua trajetória no judô, é formado em Direito, mas optou por continuar trabalhando com a arte marcial. Atualmente, Luiz, que ela define como “apaixonado pelo judô, mantém uma universidade de pós-grauação reconhecida pelo Ministério da Educação.

Assim como a mãe, ele também é faixa vermelha e branca (acima da faixa preta) e mantém assessorias e consultorias no esporte.

No podcast, a sensei também se define como “apaixonada pelo judô”. Graças a sua trajetória, a sensei conhece vários países, tendo, inclusive, participado de estudos no Japão. Recentemente, ela esteve nos Estados Unidos, acompanhando uma competição internacional.

Aliás, as competições nacionais e internacionais ocupam boa parte da rotina da judoca. Tanto que ela é uma das mulheres pioneiras na arte marcial japonesa.

“Sou uma das mulheres mais gradudas no Estado. Sou 6º grau de faixa preta. No meu tempo, éramos muito poucas. O judô é uma coisa que toma conta da gente, a gente se apaixona e vai”.

Novas revelações

No bate-papo com José Mauro Batista e Rodrigo Dias, Aglaia também falou de Maria Portela e de novas revelações no Mãos Dadas. Mas, para que essa bela história continue revelando talentos, é preciso que a comunidade aposte no projeto.

O Estação 29 é um podcast do Paralelo 29 com patrocínio de Bella Storia – Antiquário, Brechó e Restauração de Móveis Antigos e de Classic Films, loja de acessórios e serviços automotivos.

O conteúdo do podcast com Aglaya Pavani está disponível nos canais do Paralelo 29 no Youtube e no Spotfy, assim como as participações de outros convidados.

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