Paralelo 29

ELEIÇÕES 2024: Na reta final, quatro pesquisas são registradas para divulgação

Campanha no Calçadão de Santa Maria/Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29

Na semana do primeiro turno, levantamentos foram registrados em nome de institutos

Às vésperas do primeiro turno, quatro institutos registraram pesquisas eleitorais de intenção de voto para a Prefeitura de Santa Maria. Os levantamentos foram registrados no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conforme determina a legislação, para fins de divulgação.

Até então, as únicas pesquisas existentes foram contratadas por partidos e coligações e circularam em nível interno, já que a lei impede a publicação de levantamentos não registrados.

Dessa forma, os dados servem apenas para que os candidatos avaliem seu desepenho junto do eleitorado e definam suas estratégias de campanha.

Agora, em tese, as pesquisas podem se tornar públicas. Os valores das pesquisas variam de R$ 20 mil a R$ 32 mil. Um dos institutos, o Studio, já fez pesquisas em eleições anteriores em Santa Maria. A empresa pesquisou para o extinto jornal A Razão nas eleições de 1996, 2000 e 2004.

Confira os valores, quem contratou os levantamentos e as datas previstas para divulgação, conforme registrado na Justiça Eleitoral.

VALORES E DATAS DE DIVULGAÇÃO

IGAPE – Custou R$ 20 mil e tem previsão de divulgação na quarta-feira, 2 de outubro. Consta que a contratante é a candidata do PL, Roberta Leitão

AMOSTRA – Custou R$ 32 mil e tem previsão de divulgação na quinta-feira, 3 de outubro. Consta que o contratante é o próprio instituto

VERITA – Custou R$ 32 mil e tem previsão de divulgação na quinta-feira, 3 de outubro. Consta que o contratante é o próprio instituto

STUDIO – Custou R$ 25 mil e tem previsão de divulgação na sexta-feira, 4 de outubro. Consta que o contratante é o próprio instituto

Advogado pretende impedir divulgação

O advogado Robson Zinn, que advoga para a coligação Novo-MDB-Avante, disse ao Paralelo 29 que pretende impedir, judicialmente, a divulgação de algumas das pesquisas registradas.

O primeiro alvo do advogado foi a pesquisa do Instituto Gaúcho de Pesquisas de Opinião (IGAPE), também registrado em nome de Eva Franciele de Souza Pereira.

Esse instituto, segundo Zinn, já teve problemas e responde a oito processos por respeitar as técnicas estatísticas. A ação sustenta que a empresa não tem credibilidade.

No pedido à Justiça Eleitoral, a coligação do candidato Giuseppe Riesgo (Novo) questiona, entre outros pontos, irregularidade no questionário aplicado e erro do plano amostral na pesquisa do IGAPE. A ação é contra o instituto e contra a coligação PL-Podemos.

O advogado também deverá protocolar, ainda neste domingo (29), uma ação contra a pesquisa do instituto Amostra, que aparece como o contratante da própria sondagem.

Em relação aos demais institutos, Zinn disse que ainda não analisou os pedidos para ver se também vai pleitear a impugnação. Por fim, o advogado da coligação de Riesgo garante que os partidos que apoiam essa candidatura não encomendaram pesquisas.

Vice de Roberta Leitão, Marcelino Severo (Podemos) comentou que a coligação decidiu encomendar uma pesquisa e que “não tem medo” de dizer que contratou o levantamento.

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