Paralelo 29

Moraes propõe 17 anos de prisão para empresário de Santa Maria que participou de atos de 8 de janeiro

Foto: Facebook Reprodução

Julgamento virtual de Eduardo Zeferino Englert e outros cinco réus começou nesta sexta-feira e vai até 7 de novembro; faltam votos de outros ministros

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar nesta sexta-feira (27) o empresário Eduardo Zeferino Englert, sócio de uma ferragem, em Santa Maria, e mais cinco pessoas pela invasão de prédios públicos em 8 de janeiro deste ano, em Brasília. O ministro Alexandre de Moraes pediu pena de 17 anos para ele.

Englert, de 41 anos, foi preso no Palácio do Planalto, juntamente com outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante manifestações contra a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os ativistas bolsonaristas também defendiam um golpe militar no país com a derrubada de Lula.

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Santa-mariense fez publicações em redes sociais

Em seu perfil, no Faceook, Englert fez posto com letra do Legião Urbana/Foto: Reprodução

Englert fez publicações em suas redes sociais, registrando sua localização durante uma parada na BR-285, no Norte do Estado, em 6 de janeiro, uma sexta-feira, dois antes da invasão da Praça dos Três Poderes.

Uma segunda publicação registrou a presença dele em Goiânia, na manhã de 8 de janeiro, um domingo. Em uma terceira postagem no Facebook, o empresário fez uma referência à música Faroeste Caboclo, a banda Legião Urbana: “Diz ele, estou indo pra Brasília, neste país lugar melhor não há”.

O santa-mariense foi preso no Palácio do Planalto. A Polícia Federal apreendeu o celular dele e encontrou vídeos com cenas de invasão dos prédios, entre outras provas. Englert ficou preso preventivamente até 8 de agosto, quando foi solto por decisão de Alexandre de Moraes.

Moraes pede condenação de todos

Bolsonaristas que invadiram prédios dos Três Poderes pregavam golpe de estado/Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil

Alexandre de Moraes, que é relator, foi o primeiro a votar. Além da condenação do empresário santa-mariense, para o qual Moraes defende pena de 17 anos de prisão, o ministro votou pela condenação dos outros réus a penas que variam de 14 a 17 anos de prisão.

Os advogados dos réus pediram ao STF a absolvição dos réus. Ou seja, que a Corte rejeite as acusações da Procuradoria-Geral da República (PGR) por falta de provas. Ainda faltam os votos de 10 ministros.

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QUEM É EDUARDO ZEFERINO ENGLERT

  • Comerciante de 41 anos de idade, é sócio de uma ferragem no Bairro Dom Antônio Reis, na zona Sul de Santa Maria
  • No perfil de Englert, consta também que ele tem uma empresa de personalização de objetos para presentes e brindes, como canetas, copos e camisetas

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QUEM SÃO OS OUTROS RÉUS

  • FABRÍCIO DE MOURA GOMES: Empresário de Ilhabela (SP). Pena defendida por Moraes: 17 anos
  • JORGINHO CARDOSO DE AZEVEDO: Empresário de São Miguel do Iguaçu (PR). Pena defendida por Moraes: 17 anos
  • MOISÉS DOS ANJOS: Marceneiro de Leme (SP). Pena defendida por Moraes: 17 anos
  • OSMAR HILBRAND: Morador de Monte Carmelo (MG). Pena defendida por Moraes: 14 anos
  • ROSANA MACIEL GOMES: Moradora de Goiânia (GO). Pena defendida por Moraes: 14 anos

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CRIMES PELOS QUAIS SÃO ACUSADOS

  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Dano qualificado
  • Golpe de Estado
  • Deterioração do patrimônio tombado
  • Associação criminosa

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Retrospecto não é bom para santa-mariense

Se depender de outros casos julgados pelo STF até agora, a situação de Eduardo Zeferino Englert não é nada boa. Até agora, o STF já condenou 20 réus acusados pela PGR, com penas que vão de 3 a 17 anos.

A maioria foi condenada por cinco crimes, entre eles golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação armada.

O STF ainda deve julgar mais 200 réus apontados como executores dos atos golpistas de 8 de janeiro. Eduardo Zeferino Englert é o primeiro a ser julgado de 11 ativistas da região de Santa Maria que viraram réus no Supremo por partição nos atos de 8 de janeiro.

(Com informações do G1, da Agência Brasil e do STF)

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