Paralelo 29

Pimenta diz que nos próximos dias serão revelados detalhes “inéditos” e “estarrecedores” do 8 de janeiro

Foto: Valter Campanato, Agência Brasil

Ministro da Secom defende “punição exemplar” dos envolvidos na tentativa de golpe de estado

JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29

O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta, divulgou em suas redes sociais que, nos próximos dias, o país vai conhecer “detalhes estarrecedores e inéditos” sobre a tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro de 2023.

Conforme o ministro, “reportagens e documentários inéditos” mostrarão “fatos e informações novas sobre a ação criminosa dos golpistas do 8 de janeiro”.

Pimenta também destaca em sua postagem a importância de punição exemplar dos bolsonaristas que participaram da tentativa de derrubar o governo recém empossado.

De acordo com Pimenta, “são estarrecedores os detalhes do planejamento e financiamento da organização do grupo criminoso que tentou pela força mudar o resultado da eleição”.

Ainda segundo ele, “ninguém irá pisotear a democracia e a Constituição Federal e sair impune”. “Talvez isso explique em parte o ambiente de medo e desespero das hostes golpistas e nas pessoas mais próximas ao comando da organização e suas conexões com as milícias e o crime organizado”.

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Onze presos são conterrâneos do ministro

Entre os presos naquele 8 de janeiro estão 11 moradores de Santa Maria e de cidades da região, conterrâneos do ministro, que é santa-mariense.

Um deles, o comerciante Eduardo Zeferino Englert, de Santa Maria, foi condenado em dezembro passado a 16 anos de reclusão e aguarda para recorrer da sentença em liberdade. A única alternativa para Englert será pedir uma redução da pena.

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Ministro do STF diz, em entrevista, que seria assassinado

Uma dessas reportagens já foi divulgada nas redes sociais, com declarações de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), considerado o inimigo número 1 dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tentaram o golpe de estado há um ano.

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Acampamentos foram o epicentro dos ataques

Os atos de 8 de janeiro de 2023 tiveram início com acampamentos montados em frente a quartéis do Exército, inclusive em Santa Maria, a partir do segundo turno da eleição presidencial, que deu a vitória a Lula em uma disputa acirrada com Bolsonaro.

Os bolsonaristas se valeram da desconfiança na urna eletrônica, uma tese conspiratória do então presidente da República divulgada bem antes das eleições. Alegando fraude, eles acamparam em frente aos quartéis pedindo uma intervenção militar no país.

Um desses acampamentos, em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, era o epicentro das manifestações bolsonaristas.

Foi de lá que milhares deles saíram em marcha para invadir e depredar as sedes dos Três Poderes no domingo de 8 de janeiro de 2023 e acabaram presos diante de uma reação imediata do governo federal e dos demais poderes.

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